Desde o início de setembro, o Brasil está unido no combate ao crime ambiental ocorrido na região Nordeste do nosso País. Inédito na história brasileira, pela extensão geográfica e pela duração no tempo, suas consequências atingiram cerca de 2.250 km de extensão de nossas costas, em algum momento nesse período.
Como previsto no Plano Nacional de Contingência, para a gestão de ações de resposta e elucidação dos fatos, o Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA), formado pela Marinha do Brasil, o IBAMA e a ANP, vem realizando um trabalho incessante, desde a primeira aparição de manchas de óleo, de monitoramento do litoral e limpeza das praias, além de conduzir investigação sobre causas e circunstâncias do evento. O GAA atua em coordenação com o Exército Brasileiro, Força Aérea Brasileira, ICMBio, Polícia Federal, Petrobras, Defesa Civil, assim como, diversas instituições e agências federais, estaduais e municipais, além de empresas e universidades.
Ao todo, a MB já empregou mais de 2.700 militares de 54 Organizações Militares, distribuídos em 16 Navios de Superfície, dois helicópteros da MB, quatro aeronaves de asa fixa da FAB, 63 viaturas, dois Grupamentos de Fuzileiros Navais, 21 equipes de Inspeção Naval e cinco Centros de Comando das Operações, tendo realizado, até hoje, mais de 1.200 Inspeções Navais.
A 10ª Brigada de Infantaria Motorizada do Exército Brasileiro (EB), com um contingente de 5.000 militares, também foi colocada à disposição para integrar a operação para conter a poluição por óleo no litoral nordestino e reforçar a limpeza das praias.
No gerenciamento dos incidentes de poluição, o IBAMA, além de fazer a identificação de áreas sensíveis, tem monitorado as praias e coordenado os trabalhos de limpeza das prefeituras, dos órgãos estaduais de meio ambiente, além de atuar no planejamento operacional e estratégico, emitindo relatórios diários, em conformidade com o manual do PNC. O IBAMA já empregou 74 funcionários, 16 viaturas, dois helicópteros, e uma aeronave de asa fixa. Foram realizadas um 2994 capturas preventivas de animais, sendo 1.035 na Bahia e 2.179 em Sergipe, com um total de ocorrências com fauna oleada de 76 animais.
A PETROBRAS, sob demanda do IBAMA, também tem contribuído com o GAA com meios aéreos (dois helicópteros), dois navios, pessoal e recursos materiais. Além dos 100 (cem) funcionários disponibilizados, contratou mais 2400 para ajudar nas limpezas das praias, ativou seis Centros de Defesa Ambiental (CDA) e nove Centros de Resposta a Emergência (CRE). Em Sergipe, a PETROBRAS tem colaborado com 120 agentes ambientais, 11 operadores do CDA, 13 do CRE e cinco empregados da empresa.
A participação de instituições federais, estaduais, municipais e de voluntários, conjuntamente com agentes dos órgãos envolvidos, contribui para a recuperação de praias e rios no litoral nordestino. Homens e mulheres que se juntam ao esforço coordenado para a recuperação de patrimônios ambientais, sociais e econômicos.
No ensejo em que o País vivencia uma crise ambiental, a atuação de cada brasileiro, quer seja no exercício de sua profissão ou de forma voluntária, demonstra que a união de todos faz o Brasil ser mais forte do que qualquer ameaça.
O GAA continuará atuando, o tempo que for preciso, sem medir esforços, tanto para a identificação da origem como na redução dos impactos ambientais.
MAR LIMPO É VIDA!
Fonte: Marinha do Brasil