Fragata Liberal chega ao Porto de Santos em Celebração ao Dia da Marinha

19:32

 Fragata Liberal


Como parte das comemorações do Dia da Marinha, a Fragata Liberal chega ao Porto de Santos no dia 23 de junho. O Navio estará aberto à visitação pública gratuita, proporcionando uma excelente oportunidade para a população da Baixada Santista conhecer o navio e as tradições marinheiras.

A Fragata, que participará de uma missão de combate à pirataria no Golfo da Guiné (África), tem o propósito de conduzir ações da guerra naval e realizar o controle de áreas marítimas, desempenhando um papel importante na defesa das nossas águas, notadamente da “Amazônia Azul”, garantindo a soberania nacional e a segurança marítima.

- Características do Navio

Comprimento total: 129,2 metros

Deslocamento carregado: 3.200 toneladas

Tripulação: 209 militares, sendo 22 Oficiais e 187 Praças

Velocidade Máxima: 30.5 nós (cerca de 57 Km/h).


- Visitação Pública à Fragata “Liberal”


Local: Cais da Marinha, s/nº - Porto de Santos

Data: 25 de junho de 2023 (domingo)

Horário: 09h às 16h30

Entrada: Gratuita.

A Marinha do Brasil e a Sociedade Amigos da Marinha (Soamar-Santos) convidam a população que, voluntariamente, queiram contribuir com a doação de fraldas descartáveis (geriátricas e infantis) e alimentos não perecíveis, poderão fazê-lo no dia da visitação pública. O material arrecadado será doado para instituições beneficentes da Baixada Santista.


Dissertação de mestrado avalia variações ambientais na zona marinha do sul do Brasil

11:29

 ACÚMULOS DE LAMA NO FUNDO DO OCEANO PODEM SERVIR COMO REGISTRO DAS TRANSFORMAÇÕES DO PLANETA AO LONGO DO TEMPO GEOLÓGICO


No dia 03 de maio, a mestranda Caroline Aparecida Pereira Dias, do Instituto Oceanográfico da USP (IO-USP), defendeu a dissertação “Avaliação de variações ambientais através da composição elementar de sedimentos de mudbelts da plataforma continental sul do Brasil”. O trabalho se baseia na análise do material recolhido durante as expedições do navio oceanográfico Alpha Crucis ao longo da costa sul do Brasil, evento que foi noticiado no ano de 2019, em uma matéria da Agência Universitária.

As plataformas continentais são extensões submersas dos continentes que vão desde a zona costeira até a profundidade de aproximadamente 200 metros. Sujeitas a diferentes eventos e processos, causados tanto pelo ser humano como pela natureza, essas plataformas podem acumular diferentes tipos de sedimentos sobre suas superfícies, como os mudbelts – cinturões de lama, traduzido para o português. 

A partir da análise da composição química destes materiais, o estudo da mestranda conseguiu verificar as variações ambientais que ocorreram ao longo de, aproximadamente, dez mil anos e que correspondem a duas épocas geológicas: o Holoceno, nome dado para o intervalo que se inicia 11,7 mil anos atrás; e Antropoceno, nomenclatura proposta para o período dos últimos dois séculos, caracterizado pela intensa e crescente interferência humana nos ambientes naturais. 


Além disso, um outro fator que influenciou nos resultados da mestranda é a proximidade dos materiais recolhidos com o Rio da Prata. De acordo com Caroline, esse cenário pode ter relação com o fluxo de compostos provenientes de atividade humana na América Latina que foram depositados nesse rio: “Nós realizamos medições em testemunhos ao longo de todo litoral sul do Brasil e percebemos que quanto mais próximo do sul, ou seja, quanto mais próximo do Rio da Prata, mais alterações de origem antrópica havia na composição dos metais”. 


Segundo a pesquisadora, até mesmo compostos emitidos para a atmosfera podem influenciar os mudbelts. Para exemplificar isso, ela cita a grande utilização de compostos enriquecidos em chumbo na gasolina consumida na América do Sul entre as décadas de 1930 e 1990: “Há estudos que indicam que esse chumbo foi para atmosfera e acabou sendo depositado no oceano.”


Caroline finaliza que as alterações observadas nos mudbelts servem de testemunho da interferência humana na zona marinha do sul do Brasil. A mestranda, garante, porém, que as concentrações de metais encontradas ainda não indicam níveis de contaminação na região, nem possíveis consequências negativas para os ecossistemas marinhos.

Após a análise e a separação dos sedimentos retirados durante a expedição, foram notadas alterações correspondentes tanto a eventos naturais, quanto a eventos oriundos de intervenções humanas. Sobre os impactos antrópicos, a mestranda ressalta que várias atividades humanas, como a queima de combustíveis fósseis, a descarga de efluentes industriais e domésticos e a mineração, podem ter provocado variações nestas plataformas: “Observamos o enriquecimento de alguns metais presentes nos mudbelts desde a década de 1930, o que pode estar associado ao início da Revolução Industrial no Brasil”.

Fonte: AUN USP

O mar é parte essencial das nossas vidas. - SP Ocean Week 2023

15:14


O mar é parte essencial das nossas vidas. Ele nos protege e nos alimenta, distribui ventos e chuvas, regula as temperaturas e fertiliza o planeta. É o lar de milhares de formas de vida. Nos traz paz, alegria e descanso e é fonte de infinita inspiração cultural. Mas ele não é inesgotável.

O mar está sujo e cansado, quase sem forças para se recuperar. Suas águas estão mais quentes, mais poluídas e suas riquezas estão sendo destruídas. Algo precisava ser feito.

No dia 5 de dezembro de 2017 as Nações Unidas declararam os anos 2021 a 2030 como Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável. Essa Década construirá uma estrutura comum para garantir que a ciência oceânica possa apoiar plenamente os países na implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

A Década proporcionará uma oportunidade única para se criar um novo alicerce, por meio da interface ciência– política, para fortalecer a gestão dos nossos oceanos e zonas costeiras em benefício da humanidade.

A Década fortalecerá a cooperação internacional necessária para desenvolver pesquisas científicas e tecnologias inovadoras que sejam capazes de conectar a ciência oceânica com as necessidades da sociedade. Contribuirá também para os processos da ONU que protegem o oceano e seus recursos, como as Metas de Aichi para a Biodiversidade, o Caminho de Samoa, a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar e o Marco de Sendai para a Redução do Risco de Desastres.

A Década exigirá o envolvimento de diversas partes interessadas para criar novas ideias, soluções, parcerias e aplicações, tais como: cientistas, governos, acadêmicos, formuladores de políticas, empresas, indústria e sociedade civil.

A Comissão Oceanográfica Intergovernamental (COI) da UNESCO foi encarregada pela Assembleia Geral da ONU para trabalhar com todas as partes interessadas para delinear uma Década da Ciência Oceânica que nos ajudará a obter o oceano que precisamos para o futuro que queremos

Para reverter este cenário de iminente colapso dos oceanos, a Assembleia Geral das Nações Unidas nomeou a década de 2021-2030 como a Década das Nações Unidas para a Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável. Serão dez anos de esforços conjuntos de todas as nações para resgatar a saúde do oceano e entregar para as próximas gerações um mar como nós o conhecemos: limpo, saudável, produtivo e sustentável.

É neste contexto que a revista Scientific American Brasil e a Cátedra Unesco para a Sustentabilidade do Oceano, vinculada à Universidade de São Paulo (USP), através dos seus institutos Oceanográfico (IO-USP) e de Estudos Avançados (IEA-USP), tomaram a iniciativa de realizar anualmente em São Paulo, a Marina Week, um grande festival para celebrar o oceano  e discutir as questões cruciais para o seu futuro.

São Paulo, a maior metrópole das Américas, localizada a 80 km da orla, possui uma dinâmica e histórica ligação com o mar, que precisa ser resgatada e vivenciada. O estado abriga o maior porto da América Latina e um dos principais institutos oceanográficos do país; seu litoral, com ricas e diversificadas belezas naturais, biodiversidade e culturas tradicionais, é destino de lazer de milhões de paulistas e brasileiros, que interagem continuamente com o mar.

Ao longo de cinco dias uma intensa programação voltada para o público geral e composta por seminários, painéis, exposições, espetáculos artísticos, mostras de cinema, workshops de ONGs de conservação marinha, gastronomia sustentável e encontros com grandes personalidades do mar, a Marina Week é um grande momento de celebração e resgate do nosso oceano.

Porque o oceano é um só. E é de todos nós.

Detalhes do evento

Quando: de 31/05/2023 - 08:00 a 04/06/2023 - 22:00

Onde: Memorial da América Latina, Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664, Barra Funda, São Paulo

Nome do Contato: 

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Inscrições

Evento público e gratuito | Sem inscrição prévia

Organização

Cátedra Unesco para Sustentabilidade do Oceano (IEA e IO USP)

Scientific American Brasil (SCIAM)

UNESCO

UNITWIN

Apoio

Memorial da América Latina

Instituto Costa Brasilis

United Nations Decade of Ocean Science for Sustainable Development

TV Cultura

Programação

(Em breve)

Location Memorial da América Latina, Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664, Barra Funda, São Paulo

Navio-Veleiro “Cisne Branco” visita o Porto de Santos

14:34

A Marinha do Brasil (MB) informa que o Navio-Veleiro “Cisne Branco” chegará ao Porto de Santos no dia 26 de maio e permanecerá atracado no Cais da Marinha até o dia 02 de junho.

A visita tem como finalidade oferecer a Sociedade Santista e região a oportunidade de conhecer o meio operativo da MB que melhor representa a embaixada brasileira no mar, estimulando, ainda, a importância da Mentalidade Marítima e a preservação das tradições navais.

O navio, construído para celebrar o descobrimento do Brasil, também representa o país em eventos nacionais e internacionais além de ser empregado no treinamento dos militares, cuja essência da arte marinheira continua a ser um requisito fundamental para todos os que trabalham no mar. Além das manobras de vela, tarefas nos conveses, navegação, os tripulantes também desenvolvem habilidades de trabalho em equipe e respeito pelo mar, especificamente nos treinamentos dos aspirantes da Escola Naval.

Nesta quinta - Live: Por dentro de um centro de simulações

11:55


Nesta quinta, às 19h, o diretor técnico da Praticagem do Brasil, prático Marcio Fausto, e o gerente técnico do Instituto Praticagem do Brasil, Jeferson Carvalho, farão uma live sobre o nosso centro de simulações em Brasília. A transmissão será no nosso canal no YouTube: https://bit.ly/livesimulador-youtube 

Envie sua pergunta antecipadamente para comunicacao@institutopraticagem.org.br

Fonte: Praticagem do Brasil

Emoção foi grande!

20:56

O Presidente da Praticagem de São Paulo, Fábio Mello Fontes recebeu uma bela placa do Brasil Export, e seu quadro de conselheiros técnicos, em homenagem à Praticagem de São Paulo pelos 90 anos de colaboração para a eficiência e segurança da navegação, contribuindo para o desenvolvimento do Porto de Santos e para o atendimento de embarcações cada vez maiores e mais desafiadoras.

A entrega ocorreu durante a solenidade de abertura do Santos Export, nesta segunda (15), no Blue Med Convention Center em Santos. Fontes subiu ao palco e foi muito aplaudido e cumprimentado pelas autoridades presentes, entre elas: o Ministro de Portos e Aeroportos Márcio França; o Prefeito Rogério Santos; Anderson Pomini, presidente da Autoridade Portuária de Santos; e Fabrício Julião, CEO do Brasil Export.

Fontes voltou do palco honrado com a placa, sendo saudado pelas pessoas nas fileiras da esquerda e da direita que faziam questão de dar os parabéns e abraçá-lo, o que mostra o quanto a Praticagem é respeitada pela comunidade portuária. Pela Praticagem de São Paulo, também estiveram presentes no evento: o vice-presidente Bruno Tavares e o diretor-executivo Alexandre Canhetti, além de Jacqueline Wendpap, diretora-executiva do Instituto Praticagem do Brasil.







Fonte: Praticagem de São Paulo

SENADO APROVA PROJETO QUE REGULAMENTA PRATICAGEM

14:57

 Para a atividade, proposta consensual aperfeiçoa regulação e traz                                   segurança jurídica

 

A Comissão de Infraestrutura do Senado aprovou o Projeto de Lei 877/2022, do senador Nelsinho Trad (PSD-MS), que regulamenta o serviço de praticagem. Foram 15 votos favoráveis e nenhum contrário. Por se tratar de um projeto terminativo aprovado por comissão permanente, a proposta segue direto para apreciação da Câmara dos Deputados.

O texto acrescenta, na Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário (Lei 9.537/1997), parâmetros de funcionamento da atividade presentes nas Normas da Autoridade Marítima para o Serviço de Praticagem (NORMAM-12/DPC). O objetivo é conferir status legal à regulamentação infralegal da Marinha do Brasil, trazendo mais segurança jurídica e estabilidade regulatória.

Entre esses parâmetros, estão a escala de rodízio única de atendimento aos armadores, estabelecida pela Marinha para garantir a disponibilidade ininterrupta do serviço, evitar a fadiga do prático e assegurar a quantidade mínima de manobras para manter a habilitação. Ao mesmo tempo, a escala dá autonomia para o prático tomar sempre a decisão mais segura a bordo, sem pressão comercial do armador, que não escolhe quem vai atendê-lo. O sistema atende aos princípios de segurança da Resolução A.960 da Organização Marítima Internacional (IMO).

Outro critério que o projeto insere na lei é a obrigatoriedade do serviço para as embarcações com mais de 500 toneladas de arqueação bruta, salvo as previstas em regulamento da Autoridade Marítima e as classificadas, exclusivamente, para operar na navegação interior com bandeira brasileira, como é o caso dos comboios de balsas que levam a produção do agronegócio pelos rios. Essa exceção, já prevista na NORMAM-12, foi incluída pelo relator da matéria, senador Weverton Rocha (PDT-MA).

De acordo com o texto, a Autoridade Marítima poderá conceder isenção de praticagem a comandantes brasileiros de navios de bandeira brasileira de até cem metros de comprimento, com pelo menos 2/3 da tripulação brasileira.

A proposta também deixa claro que o preço do serviço será livremente negociado entre os tomadores e prestadores, "reprimidas quaisquer práticas de abuso do poder econômico" pela autoridade competente, a Marinha do Brasil, de acordo com a Lei 9.537/1997. A ressalva foi mais uma emenda do relator. Ele suprimiu ainda o trecho que restringia o acesso ao processo seletivo para praticante de prático a oficiais de náutica e práticos com intenção de mudar de zona de praticagem. Com isso, mantém-se a possibilidade aberta a qualquer pessoa com curso superior e habilitação de mestre-amador.




Para o presidente da Praticagem do Brasil e vice-presidente da Associação Internacional de Práticos Marítimos (IMPA), prático Ricardo Falcão, o projeto do senador Nelsinho Trad é uma boa iniciativa para aperfeiçoar a regulação:

A Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário trata da praticagem de forma muito sucinta. O restante está no decreto que a regulamenta (Decreto 2.596/1998), mas a parte principal se encontra na NORMAM-12 da Diretoria de Portos e Costas, que é infralegal. Colocar essas normas em lei, procedimentos mundiais de segurança, evita questionamentos ao poder discricionário da Marinha, empoderando a Autoridade Marítima. 

Falcão acha importante que o projeto tenha sido fruto de amplo debate na Comissão de Infraestrutura. Para chegar ao consenso, durante a elaboração do seu relatório, o senador Weverton ouviu diferentes players do setor.

No dia 24 de abril, ele promoveu longa reunião com senadores do Norte e Nordeste; liderança do governo; Marinha; Ministério dos Portos e Aeroportos; Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq); Associação Brasileira de Armadores de Cabotagem (Abac); Associação de Terminais Portuários Privados (ATP); Sindicato Nacional dos Oficiais da Marinha Mercante (Sindmar); Confederação Nacional da Indústria (CNI); Confederação Nacional do Transporte (CNT); Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC); Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA); Frente Parlamentar de Logística (FPL); Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove); Logística Brasil; Cabal (exportadora de alumínio); além das entidades ligadas à Praticagem do Brasil.

"Não nos furtamos a receber contribuições de diversas entidades da sociedade civil ligadas ao transporte aquaviário. Reunimo-nos ainda com o governo federal, Autoridade Marítima, armadores, representantes do agronegócio, do comércio, da indústria, do transporte de cargas, dos terminais portuários, da navegação interior, entre tantas outras associações. Assim, durante a construção do texto, identificamos oportunidades de melhorias que visam a contribuir com a segurança jurídica e a estabilidade regulatória da atividade", escreveu o senador em seu parecer.

Sobre a praticagem

A Praticagem do Brasil é a atividade que conduz os navios em segurança na entrada e saída dos portos, tanto na sua navegação no canal de acesso quanto na atracação e desatracação. O serviço é realizado a bordo pelo prático, ou pilot nos outros países, profissional que embarca de sua lancha no navio em movimento, a partir de uma escada estendida no costado da embarcação.

Além do risco que corre a cada embarque e desembarque, o prático administra uma grande responsabilidade para a sociedade, pois ele vai a bordo para evitar acidentes que podem provocar severa poluição ambiental, mortes, danos ao patrimônio público e privado e fechamento de um porto para a economia.

Responsável por lei pela segurança da navegação, a Marinha do Brasil é quem disciplina a atividade e seleciona os práticos para trabalhar na iniciativa privada. Em cada zona de praticagem, o serviço é distribuído aos profissionais por meio da escala de rodízio única.

Fonte: Praticagem do Brasil