SÉRIE ANTÁRTICA: 02

18:21

 OS NAVIOS QUE FAZEM PARTE DA HISTÓRIA

   



Além do NApOc "Barão de Teffé", nas Operações Antártica I a V, houve a contribuição do Navio Oceanográfico (NOc) "Professor Wladimir Besnard", da Universidade de São Paulo (USP), no qual se desenvolveram importantes trabalhos nos campos da meteorologia, da oceanografia física e da biologia marinha. 

Nas Operações Antártica V e VI, um outro navio da Marinha do Brasil, o NOc "Almirante Câmara", executou trabalhos geofísicos na área do Estreito de Bransfield, Passagem de Drake e Mar de Bellinghausen.  
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Até a Operação Antártica XII (verão de 1993-94), uma preocupação da comunidade científica nacional estava centrada na ausência de um navio de pesquisa capaz de transportar os cientistas e seus laboratórios para regiões distantes da Baía do Almirantado e ainda não estudadas.
https://www.mar.mil.br/secirm/img-pro/paragrafo.pngPara atender a essa necessidade, a Marinha do Brasil decidiu adquirir, em 1994, o navio polar norueguês "Polar Queen", construído em 1981 e submetido a um processo de "Jumborização" em 1986, recebendo o nome de NApOc "Ary Rongel". O novo navio, que substituiu o NApOc "Barão de Teffé" a partir da Operação Antártica XIII, opera helicópteros de pequeno porte, transporta 2400m3 de carga e está dotado de laboratórios para pesquisas nas áreas de oceanografia física e biológica e meteorologia.
https://www.mar.mil.br/secirm/img-pro/paragrafo.pngEm virtude da crescente demanda científica na Antártica, em fevereiro de 2008, o Presidente Luis Inácio Lula da Silva, por ocasião de sua visita ao continente antártico, decidiu pela obtenção de um navio para, juntamente com o Navio de Apoio Oceanográfico “Ary Rongel”, apoiar as pesquisas brasileiras no continente gelado.

https://www.mar.mil.br/secirm/img-pro/paragrafo.png O Navio foi adquirido por meio de Convênio assinado em 2008, entre a MB, a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), empresa pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (FUNDEP).
https://www.mar.mil.br/secirm/img-pro/paragrafo.pngAssim, em 03 de fevereiro de 2009, foi incorporado à Marinha do Brasil o segundo navio dedicado às Operações Antárticas: o Navio Polar Almirante Maximiano, na cidade de Bremerhaven, Alemanha.

https://www.mar.mil.br/secirm/img-pro/paragrafo.pngAntigo “Ocean Empress”, o navio foi convertido em navio pesqueiro (“Stern Factory/Processing Trawler”). Nesta ocasião, obras de grande vulto foram executadas, a ponto de ter sido preservada apenas a quilha como parte original. Devido a este fato, segundo a Classificadora Lloyds Register, conforme comunicado desta Sociedade datado de maio de 2007, o ano de 1988 é considerado, na prática, o seu novo ano de construção.
https://www.mar.mil.br/secirm/img-pro/paragrafo.pngO “Almirante Maximiano” opera com aeronaves UH-12/13 (Esquilo) e IH-6B (Bell Jet Ranger) e tem um hangar climatizado, com capacidade para acomodar 2 helicópteros. Foram instalados 5 laboratórios, sendo 2 secos, 2 molhados e 1 misto, os quais abrigam os mais modernos equipamentos para o desenvolvimento de projetos científicos no ambiente antártico.
https://www.mar.mil.br/secirm/img-pro/paragrafo.pngAtualmente, há acomodações para 106 pessoas, sendo mais de um terço destinado à comunidade científica e  há um amplo passadiço com sistema de cartas eletrônicas (ECDIS), sistema de aquisição automatizada de dados hidroceanográficos, AIS e cinco estações de controle dos propulsores do Navio, de onde se pode atuar nos 2 eixos com HPC, 3 bow thrusters e 1 thruster azimutal existente na popa.
https://www.mar.mil.br/secirm/img-pro/paragrafo.pngCabe ressaltar que ambos os navios são operados e mantidos pela DHN, por intermédio do Grupamento de Navios Hidroceanográficos (GNHo) e com a supervisão técnico-científica do Centro de Hidrografia da Marinha (CHM).


100 anos - Força de Submarinos - Viva a flotilha de Submarinos!

14:20

Palavras do Contra-Almirante
MARCOS SAMPAIO OLSEN
Comandante da Força de Submarinos


Em 17 de julho de 1914 era criada, por decreto do Exmo. Sr. Almirante Alexandrino 
de Alencar, a Flotilha de Submersíveis, ficando subordinada administrativamente ao então 
Comando da Defesa Móvel do Porto do Rio de Janeiro. Em 1928, foi alterado o seu nome para 
Flotilha de Submarinos e, por fim, no ano de 1963, denominada Força de Submarinos. 
Esta secular Organização Militar singrou uma existência de densa e efetiva evolução 
na operação e manutenção de variadas classes de submersíveis e submarinos, logrou assimilar o 
controle das atividades de escafandria, mergulho saturado, mergulho de combate, socorro e 
salvamento de submarinos sinistrados e medicina hiperbárica e, ainda, a formação, o 
aperfeiçoamento e a especialização do seu pessoal, acumulando conhecimento e desenvolvendo 
capacidade própria de emprego da arma. 


O avanço tecnológico observado no desenrolar da Primeira Guerra Mundial propiciou 
profunda transformação no submarino. O submarino não mais se confinava ao papel defensivo, 
afirmara-se como arma dissuasória por excelência. As Ações de Submarinos exploram a 
capacidade de detecção passiva e poder de destruição deste meio naval e concorrem para a 
consecução das Tarefas Básicas do Poder Naval, sendo a negação do uso do mar a que hoje 
organiza, antes de atendidos quaisquer outros objetivos, a estratégia de defesa marítima do 
Brasil. Tais Ações podem ser atribuídas a qualquer submarino de ataque, convencional ou 
nuclear, armado com torpedos e/ou mísseis táticos e minas. O confinamento da tripulação em 
espaços reduzidos e o exercício de atividades de risco por tempo prolongado constituem fatores 
relevantes. 
O mergulho, por sua vez, teve sua expansão fortemente associada ao salvamento e ao 
emprego militar. O desenvolvimento mais necessário compreende aumentar a capacidade do 
mergulhador de permanecer submerso e em condições de realizar trabalho. O mergulho de 
combate emprega técnicas operacionais não usuais em ambientes litorâneos e ribeirinhos. O 
sigilo, a rapidez, a surpresa e a agressividade são características essenciais para o êxito no 
exercício desta complexa atividade. 
No que concerne à medicina hiperbárica, a Marinha do Brasil, por meio da Força de 
Submarinos e de seu sistema de saúde, é reconhecida como a entidade no País mais antiga e 
tradicional de realização e referência neste tipo de área de atuação médica, com aplicação 
intensiva em acidentes específicos de mergulho que necessitam de tratamento recompressivo 
para tratar doenças descompressivas e embolia traumática pelo ar. 
A Força de Submarinos é, pois, morada da abnegação, da devoção extrema, do amplo 
sacrifício em prol do aprestamento adequado ao cumprimento de sua destinação. Sua trajetória 
centenária está marcada por sobrepujar desafios e aí reside o que nos credencia a absorver a 
preparação e a capacitação requeridas para operar o primeiro submarino com propulsão nuclear 
projetado e construído no País, por brasileiros. 
Viva a flotilha de Submarinos! 
“USQUE AD SUB ACQUAM NAUTA SUM” 
(Somos Marinheiros até debaixo d’água) 
MARCOS SAMPAIO OLSEN 
Contra-Almirante 
Comandante

14:15

Forças Armadas em apoio à matriz de segurança da Copa 2014

15:46

 A segurança da Copa do Mundo FIFA 2014 abrange a atuação em dois vetores que se integram e complementam: o de defesa propriamente dito, sob a responsabilidade do Ministério da Defesa, via Forças Armadas, e o de segurança pública, a cargo dos órgãos que atuam nesse setor.Ambos trabalham em conjunto com a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), encarregada de fornecer avaliações permanentes de risco. Cada um desses entes tem papel definido e atua de modo articulado com os demais.

 Aeronáutica em dez setores estratégicos.


Com desafios que exigem preparação e alinhamento contínuos, a matriz de segurança da Copa 2014 foi concebida sob a premissa da integração entre os diversos entes participantes.
O planejamento e a execução das ações envolvem a atuação coordenada dos ministérios da Defesa e da Justiça, com apoio dos órgãos de inteligência e de segurança pública nos níveis federal, estadual e municipal.
O documento que consolida essa integração é o Planejamento Estratégico de Segurança Pública e de Defesa para a Copa do Mundo FIFA Brasil 2014, publicado em fevereiro de 2013.
Na Defesa, o trabalho é coordenado pelo Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), que auxilia no planejamento e na execução das ações empreendidas, na linha de frente, pelas três Forças Armadas: Marinha, Exército e Aeronáutica.
Para garantir o fornecimento regular de serviços à população e fiscalizar movimentações suspeitas em fronteiras, nos espaços aéreos ou marítimos, as Forças Armadas atuarão em dez eixos estratégicos. As atividades principais, nessas áreas de interesse, visam aproveitar a capacidade operacional das Forças Armadas no cumprimento de missões constitucionais, típicas de Defesa, como a proteção marítima e fluvial, a defesa cibernética e o controle do espaço aéreo.

Testado e aprovado em eventos anteriores, como a Copa das Confederações e a Jornada Mundial da Juventude, esse modelo de atuação integrada beneficiou-se das experiências adquiridas e incorporou novidades para a Copa de 2014, como a participação da Defesa nas escoltas e na segurança dos Centros de Treinamento de Seleções (CTS), além do uso de bases aéreas militares na recepção de aeronaves que fazem o transporte de delegações e autoridades participantes do evento.

Para assegurar a fluidez do tráfego e garantir a segurança do espaço aéreo, o Comando da Aeronáutica irá promover ações especiais de controle no período da Copa.
O planejamento abrange a criação de três zonas de exclusão aérea nos locais de realização dos jogos: uma “área branca”, reservada; “amarela”, restrita; e “vermelha”, proibida. O período de ativação das áreas de exclusão dependerá do horário das partidas.
O objetivo é minimizar impactos decorrentes da flutuação do equilíbrio entre capacidade e demanda, garantindo a segurança das operações, bem como a regularidade e pontualidade dos voos.


Defesa marítima e fluvial

Ações de patrulha e inspeção naval, entre outras medidas de segurança, serão adotadas pela Marinha do Brasil contra ameaças vindas do mar e o uso indevido das vias fluviais, como a circulação de embarcações suspeitas.
Mergulhadores de combate e fuzileiros navais estarão de prontidão para atuar, caso necessário, em ações de retomada e resgate com foco na desativação de artefatos explosivos e em operações de interdição marítima. Plataformas de petróleo e terminais petrolíferos também serão resguardados.


Segurança e defesa cibernética

Sob comando do Exército, o Centro de Defesa Cibernética vai realizar ações de caráter preventivo ou repressivo contra ameaças que coloquem em risco a segurança de sistemas que sustentam estruturas estratégicas nacionais envolvidas na realização do Mundial.
Esse acompanhamento não abrangerá sistemas de tecnologia da informação e comunicações de organizações privadas, focando exclusivamente a proteção contra incidentes de segurança de redes que possam afetar diretamente o desenrolar da competição. 

Data Magna da Marinha

19:15

No dia 11 de junho comemora-se o Aniversário da Batalha Naval do Riachuelo – Data Magna da Marinha. A Batalha Naval do Riachuelo é considerada, pelos historiadores, como uma batalha decisiva da Guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai (1865-1870) - o maior conflito militar na América do Sul, somente superado em vítimas, no Novo Mundo, pela Guerra Civil Americana (1861-1865).


A importância da vitória nesta Batalha é que, até aquela data, o Paraguai tinha a iniciativa na guerra e ela inverteu a situação, garantiu o bloqueio e o uso pelo Brasil dos rios, que eram as principais artérias do teatro de operações de guerra, e desincentivou possíveis adesões de simpatizantes argentinos e uruguaios à causa paraguaia.
Cenário político do país na ocasião
Logo após sua independência, o Paraguai procurou se manter afastado dos conflitos frequentes que ocorriam na Região do Prata. Quando Francisco Solano López assumiu o poder em 1862, após a morte de seu pai, Carlos Antônio López, passou a exercer uma política externa mais atuante, tentando fazer sua presença sobressair na região.
O Brasil foi o primeiro País a reconhecer a independência do Paraguai. Isso estava de acordo com a política externa do Império de não ser favorável à sua anexação, diversas vezes desejada, pelas Províncias Unidas do Rio da Prata, futura Argentina.
Havia questões de limites entre o Brasil e o Paraguai, mas era improvável que isso levasse a um conflito armado. A intervenção brasileira no Uruguai, em 1864, no entanto, contrariou os planos políticos e as alianças de Solano López. Ele considerou que a invasão do Uruguai, por tropas brasileiras, era um ato de guerra do Brasil contra os interesses do Paraguai e iniciou as hostilidades. Como lhe foi negada a permissão para que seu exército atravessasse território argentino para atacar o Rio Grande do Sul, invadiu a Província de Corrientes, envolvendo a Argentina no conflito.
O Paraguai estava se mobilizando para uma possível guerra desde o início de 1864. López se julgava mais forte e acreditava que teria o apoio do Partido Blanco uruguaio e dos partidários argentinos de Justo José de Urquiza, que exercia o poder na província argentina de Entre Rios. Tal não ocorreu. Sua derrota em Riachuelo acabou com a possibilidade de uma vitória rápida. Seus possíveis aliados não aderiram. Ele, também, superestimou o poder econômico e militar do Paraguai e subestimou o potencial e a disposição do Brasil para a luta.
Esquadra brasileira
No início da Guerra da Tríplice Aliança, a Esquadra brasileira dispunha de 45 navios armados. Destes, 33 eram navios de propulsão mista, a vela e a vapor, e 12 dependiam exclusivamente do vento. O Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (Arsenal da Corte) passara por uma modernização em meados do século XIX. Diversos dos navios do início da guerra foram projetados e construídos no País. Mais tarde, o Arsenal construiu também navios encouraçados para o teatro de operação no Rio Paraguai.
Os navios brasileiros disponíveis antes dessa guerra eram adequados para operar no mar e não nas condições de águas restritas e pouco profundas que o teatro de operações nos rios Paraná e Paraguai exigia; a possibilidade de encalhar era um perigo sempre presente. Além disso, esses navios, possuíam casco de madeira, o que os tornava muito vulneráveis à artilharia de terra, posicionada nas margens.

Esquadra paraguaia
A Esquadra paraguaia possuía 32 navios, incluindo os que eles apresaram do Brasil e da Argentina, dos quais 24 eram navios de propulsão mista a vapor e vela e oito eram navios exclusivamente a vela. Todos os navios de propulsão mista, exceto um deles, eram de madeira, com rodas de pás. Embora todos eles fossem adequados para navegar nos rios, somente o Taquari era um verdadeiro navio de guerra. Os paraguaios desenvolveram, então, a chata com canhão como arma de guerra. Era um barco de fundo chato, sem propulsão, com canhão de seis polegadas de calibre, que era rebocado até o local de utilização, onde ficava fundeado. Transportava apenas a guarnição do canhão, e sua borda ficava próxima da água, deixando à vista um reduzidíssimo alvo. Via-se somente a boca do canhão, acima da superfície da água.
Antecedentes da Batalha
Coube ao Almirante Joaquim Marques Lisboa, Visconde de Tamandaré, depois Marquês de Tamandaré, o comando das Forças Navais do Brasil em Operações de Guerra contra o Governo do Paraguai. A Marinha do Brasil representava praticamente a totalidade do Poder Naval presente no teatro de operações. O Comando-Geral dos Exércitos Aliados era exercido pelo Presidente da República da Argentina, General Bartolomeu Mitre. As Forças Navais do Brasil não estavam subordinadas a ele, de acordo com o Tratado da Tríplice Aliança.
A estratégia naval adotada pelos aliados foi o bloqueio. Os rios Paraná e Paraguai eram as artérias de comunicação com o Paraguai. As Forças Navais do Brasil foram organizadas em três Divisões - uma permaneceu no Rio da Prata e as outras duas subiram o Rio Paraná para efetivar o bloqueio.
Com o avanço das tropas paraguaias ao longo da margem esquerda do Paraná, Tamandaré resolveu designar seu Chefe do Estado-Maior, o Chefe-de-Divisão (posto que correspondia a Comodoro, em outras Marinhas) Francisco Manoel Barroso da Silva, para comandar a força naval que estava rio acima. Barroso partiu de Montevidéu em 28 de abril de 1865, na Fragata Amazonas, e se juntou à força naval em Bela Vista. A primeira missão de Barroso foi um ataque à Cidade de Corrientes, que estava ocupada pelos paraguaios. O desembarque ocorreu, com bom êxito, em 25 de maio. Não era possível manter a posse dessa cidade na retaguarda das tropas invasoras e foi preciso, logo depois, evacuá-la. Ficou evidente, porém, que a presença da força naval brasileira deixaria o flanco dos invasores sempre muito vulnerável. Era necessário destruí-la, e isso motivou Solano López a planejar a ação que levou à Batalha Naval do Riachuelo.
A Batalha
A Força Naval Brasileira comandada por Barroso, estava fundeada no Rio Paraná próximo à Cidade de Corrientes, na noite de 10 para 11 de junho de 1865. O plano paraguaio era surpreender os navios brasileiros na alvorada do dia 11 de junho, abordá-los e, após a vitória, rebocá-los para Humaitá. Para aumentar o poder de fogo, a força naval paraguaia, comandada pelo Capitão-de-Fragata Pedro Ignácio Mezza, rebocava seis chatas com canhões. Adicionalmente, a Ponta de Santa Catalina, próxima à foz do Riachuelo, foi artilhada pelos paraguaios. Havia, também, tropas de infantaria posicionadas para atirar sobre os navios brasileiros que escapassem.
No dia 11 de junho, aproximadamente às 9 horas, a força naval brasileira avistou os navios inimigos descendo o rio e se preparou para o combate. Mezza se atrasara e desistiu de iniciar a batalha com a abordagem. Às 9 horas e 25 minutos, dispararam-se os primeiros tiros de artilharia. A força paraguaia passou pela brasileira, ainda imobilizada, e foi se abrigar junto à foz do Riachuelo, onde ficou aguardando.
Após suspender, a força naval brasileira desceu o rio, em perseguição, e avistou os navios inimigos parados nas proximidades da foz do Riachuelo. Desconhecendo que a margem estava artilhada, Barroso deteve sua capitânia, a Fragata Amazonas, para cortar possível fuga dos paraguaios. Com sua manobra inesperada, alguns dos navios de sua força retrocederam, e o Jequitinhonha encalhou em frente às baterias de Santa Catalina. O primeiro navio da linha, o Belmonte, passou por Riachuelo separado dos outros, sofrendo o fogo concentrado do inimigo e, logo após, encalhou propositadamente, para não afundar.
Corrigindo sua manobra, Barroso, com a Amazonas, assumiu a vanguarda e efetuou a passagem, combatendo a artilharia da margem, os navios e a chatas, sob a fuzilaria das tropas que atiravam das barrancas. Completou-se assim, aproximadamente às 12 horas, a primeira fase da Batalha. Até então, o resultado era altamente insatisfatório para o Brasil: o Belmonte fora de ação, oJequitinhonha encalhado para sempre e o Parnaíba, com avaria no leme, sendo abordado e dominado pelo inimigo, apesar da resistência heróica dos brasileiros, como o Guarda-Marinha Greenhalgh e o Marinheiro Marcílio Dias, que lutaram até a morte.
Então, Barroso decidiu regressar. Desceu o rio, fez a volta com os seis navios restantes e, logo depois, estava novamente em Riachuelo. Tirando vantagem do porte da Amazonas, ele usou seu navio para abalroar e inutilizar navios paraguaios e vencer a Batalha. Quatro navios inimigos fugiram perseguidos pelos brasileiros.
Antes do pôr-do-sol de 11 de junho, a vitória era brasileira. A Esquadra paraguaia fora praticamente aniquilada e não teria mais participação relevante no conflito. Estava, também, garantido o bloqueio que impediria que o Paraguai recebesse armamentos do exterior, inclusive os encouraçados que encomendara na Europa. Foi a primeira grande vitória da Tríplice Aliança na guerra e, por isto, muito comemorada.
Com a vitória em Riachuelo, com a retirada dos paraguaios da margem esquerda do Paraná e a rendição dos invasores em Uruguaiana, a opinião dos aliados era de que a guerra terminaria logo. Isso, porém, não ocorreu. O Paraguai era um país mobilizado e Humaitá ainda era uma fortaleza inexpugnável para aqueles navios de madeira que venceram a Batalha. A guerra foi longa, difícil e causou muitas mortes e sacrifícios. Foi nela, que brasileiros de todas as regiões do País foram mobilizados conheceram-se melhor e trabalharam juntos para a defesa da Pátria. Consolidou-se, assim, a nacionalidade.
Fonte: http://www.mar.mil.br/
Videos: www.amigosdomar.com.br


Operação “Tropicalex/Copa-2014”

17:30


A Esquadra brasileira vai iniciar, no dia 19 de maio, a Operação “Tropicalex/Copa-2014”, visando aprimorar a defesa de estruturas estratégicas vitais para o Brasil, localizadas nos espaços marítimos da “Amazônia Azul”.
Durante a Operação, que tem término previsto para o dia 29, os navios e aeronaves da Esquadra atuarão em áreas marítimas desde a bacia petrolífera de Campos, no litoral do Espírito Santo, até Natal, no Rio Grande do Norte.
Durante esse período, serão executados diversos exercícios, como: navegação em baixa visibilidade e em canal varrido; trânsito com oposição de submarino; transferência de carga leve; transferência de óleo no mar sob ameaça aérea; tiro sobre alvo à deriva, alvo rebocado e drone; manobras táticas; desatracação sob ameaça assimétrica; e atividades de Patrulha Naval na Bacia Petrolífera de Campos.
Os seguintes meios participarão da Operação: as Fragatas “União”, “Niterói”, “Rademaker” e “Greenhalgh”; o Navio-Tanque “Marajó”; dois helicópteros UH-12/13; um helicóptero IH-6B; e dois aviões AF-1. Também está prevista a participação de um avião P-3AM e dois aviões A-1 da Força Aérea Brasileira.
Nos dias 24 e 25, os navios estarão abertos à visitação pública no porto de Vitória (ES), a partir das 14 h até o pôr do sol. No dia 26, suspenderão com destino à Bacia de Campos, onde realizarão atividade de Patrulha Naval.
Após esses intensos treinamentos, os navios e aeronaves serão desincorporados e irão navegar para os portos de Salvador (Fragata “Rademaker”) e Natal (Fragata “Niterói” e Fragata “União”), a fim de realizarem ações de patrulha e proteção, em cumprimento à Operação “Copa do Mundo 2014”.

fonte:http://www.marinha.mil.br/noticias

Práticos e armadores internacionais fazem acordo visando segurança marítima

14:06

O Conselho Nacional de Praticagem (Conapra) e a Federação Nacional de Práticos (Fenapraticos) acabam de assinar acordo de cooperação internacional para garantir mais transparência, segurança e eficiência nos portos no que diz respeito às operações de atracar e desatracar navios. Apesar do serviço no Brasil ser um dos mais seguros do mundo, com um percentual de apenas 0,002% em número de acidentes, o acordo internacional legitima o serviço brasileiro e pode contribuir para  o fortalecimento do setor, segundo o presidente do Conapra, Ricardo Falcão.
O acordo foi assinado nesta sexta-feira (09/05), em Nova York, entre as duas entidades representativas dos práticos brasileiros e a Associação Internacional de Armadores Independentes de Petroleiros (Intertanko) que tem como um de seus participantes, a Petrobras, e que reúne mais de 14 mil navios associados. Para Falcão, embora um pequeno grupo de armadores tente reduzir a importância do trabalho da Praticagem do Brasil, um acordo de tal relevância deixa clara a importância desse serviço essencial e o respeito de que gozam os práticos brasileiros à nível mundial. 
Pelo acordo, os signatários assumem compromissos mútuos de comprometimento com o meio ambiente no transporte de óleo, gás e produtos químicos, além de compartilhar e uniformizar informações nas áreas de operação marítima e técnicas de interesses comuns.

“O ponto-chave do acordo é promover a segurança marítima e de navegação nas zonas de praticagem, desta maneira ajudando a prover a proteção da vida e da propriedade, a prevenção dos danos para o meio ambiente marítimo assim como de bens vitais para a economia das nações”, disse Ricardo Falcão.

O presidente do Conapra lembrou, que agora em 2014 fazem 25 anos do acidente do Exxon Valdez, um dos mais emblemáticos vazamentos de petróleo da história no mundo e que exigiu uma reflexão de toda a indústria na revisão de procedimentos. "Para nós, o acordo reforça ainda mais o empenho da praticagem brasileira para garantir segurança nos portos e suas vias de acesso e o desenvolvimento sustentado de nosso país”, afirmou.

Fonte:  Conexão Marítima