PORTO DE SANTOS RECEBE MAIS UM NAVIO-PATRULHA PARA REFORÇAR A SEGURANÇA MARÍTIMA NA REGIÃO

11:40

O navio utiliza tecnologia majoritariamente brasileira e marca a retomada da construção naval no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro.



A Marinha do Brasil (MB) informa que chega ao Porto de Santos, nesta quinta-feira (20), o Navio-Patrulha “Maracanã”, o mais novo meio naval da Armada, que se juntará aos navios, ora em atividade no Comando do Grupamento de Patrulha Naval do Sul-Sudeste (ComGptPatNavSSE),  colaborando nas atividades de patrulhamento, de inspeção naval e da salvaguarda da vida humana no mar no litoral dos estados de São Paulo e Paraná.

Incorporado à MB recentemente (02/DEZ/2022), o navio utiliza tecnologia majoritariamente brasileira e marca a retomada da construção naval no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro. Representa, também, um esforço conjunto para o desenvolvimento da Base Industrial de Defesa, capacitando e aprimorando a mão de obra da construção naval, aperfeiçoando sistemas e equipamentos, além do fomento à indústria nacional.

A presença do NPa “Maracanã” no Porto de Santos evidencia a atenção da MB em consolidar a presença da instituição no maior e mais importante porto da América Latina, reforçando as preocupações com um setor estratégico e em plena expansão, essencial para à economia do país.

O primeiro Comandante do navio é o Capitão de Corveta RAPHAEL SAIDEL DA COSTA.


Informações gerais:


 Características do navio:

- Um canhão de 40mm;

- Duas metralhadoras de 20mm;

- Tripulação de 35 militares;

- Autonomia de 10 dias no mar;

- Radares e sensores de última geração;

- Velocidade máxima mantida de 21 nós;

- Deslocamento 425 toneladas; e

- Calado 2,45m.

VEJA COMO FOI A VISITA À PRATICAGEM SÃO FRANCISCO

16:17

O secretário executivo da Praticagem do Brasil, Arionor Souza, e a diretora executiva do Instituto Praticagem do Brasil, Jacqueline Wendpap, visitaram a Praticagem São Francisco e os portos do norte de Santa Catarina, de 22 a 24 de março.

Na praticagem, Arionor fez uma palestra sobre a importância da atuação do Conselho Nacional de Praticagem, especialmente em Brasília. Jacqueline apresentou um balanço do primeiro ano do Instituto na capital federal e o seu planejamento estratégico. Eles foram recebidos pelo diretor executivo, Roberto Castanho, e pelos práticos sócios da empresa.

Já nos terminais, os dois destacaram as facilidades do centro de simulações de manobras do Instituto, que permitem a avaliação de projetos aquaviários e portuários em todo o país, além de servir ao treinamento dos práticos. Eles se reuniram com o diretor de operações do Porto Itapoá, Sergni Pessoa, e o gerente de meio ambiente, Christiano Berthier; o diretor de operações e logística do Porto de São Francisco do Sul, Pablo Almeida; e o diretor-presidente do Terminal Portuário Santa Catarina (Tesc), Paulo Capriolli, e o gerente de engenharia, Guilherme Guerra.

A Praticagem de São Francisco conduz os navios que demandam os portos de São Francisco do Sul e Itapoá (Zona de Praticagem 18). Os investimentos e os estudos náuticos que realiza, além de toda sua expertise, têm contribuído para conciliar a preservação do meio ambiente na Baía da Babitonga e a operação segura de grandes embarcações.

Seguindo a programação, a Zona de Praticagem 02 (Itacoatiara-AM/Tabatinga-AM) será a próxima a receber a visita técnica de Arionor e Jacqueline. As primeiras foram Rio Grande (ZP-19), Pará (ZP-03) e Maranhão (ZP-04).


Fonte: CONAPRA


VISITAS TÉCNICAS ÀS SEDES DAS PRATICAGENS

14:02


O secretário executivo da Praticagem do Brasil, Arionor Souza, iniciou uma série de visitas às sedes das praticagens para falar sobre a atuação do Conselho Nacional de Praticagem e a importância da sua presença perene em Brasília.

A Praticagem de Rio Grande (ZP-19) foi visitada em 2022. Em 2023, as primeiras foram as praticagens do Pará (ZP-03) e do Maranhão (ZP-04). A partir dessas duas últimas visitas, a diretora executiva do Instituto Praticagem do Brasil, Jacqueline Wendpap, passou a acompanhar Arionor nos encontros, a fim de situar os práticos sobre o funcionamento do Instituto e o seu futuro.

Durante as apresentações, eles aproveitam para esclarecer todas as dúvidas.

– A troca de informações tem sido muito boa. Também aproveitamos a oportunidade para visitar autoridades portuárias e terminais – ressalta Arionor.

Nos dias 23 e 24 março, eles serão recebidos pela Praticagem de São Francisco do Sul (ZP-18).


Fonte: CONAPRA

Gigante da Marinha atuará como hospital de campanha no litoral norte de SP

16:30

 Navio-Aeródromo Multipropósito “Atlântico” leva atendimento de saúde e apoio logístico às vítimas das fortes chuvas na região.


A Marinha do Brasil enviará, na manhã desta quarta-feira (22), o Navio-Aeródromo Multipropósito “Atlântico”, maior navio da Força, para o litoral norte de São Paulo, em apoio às ações da Defesa Civil no socorro às vítimas das fortes chuvas que assolaram a região nos últimos dias. A previsão é de que o navio aporte em São Sebastião (SP) na quinta-feira (23). 

“Estamos empenhados e comprometidos em levar esperança e solidariedade para as vítimas deste desastre natural. A prontidão dos navios, aeronaves e unidades de fuzileiros navais, nossos homens e mulheres, marinheiros e fuzileiros navais, é o que temos de melhor para oferecer para amenizar o sofrimento dessas pessoas”, destacou o Comandante em Chefe da Esquadra, Vice-Almirante Edgar Luiz Siqueira Barbosa.

Com a chegada do navio, será possível criar uma estrutura que reforçará o atendimento médico aos desabrigados, de forma a desafogar os hospitais da área, que estão priorizando casos mais graves. Ao todo, mais de mil militares da Marinha estarão envolvidos nas ações.

Além do gigante “Atlântico”, navio-capitânia da Marinha, a Embarcação de Desembarque de Carga Geral “Guarapari” também atuará no apoio aos desabrigados e já está a caminho do litoral de SP. O navio possui uma rampa capaz de atracar em praias para o resgate de vítimas que ainda estão em áreas isoladas.

Capacidades embarcadas no Navio-Aeródromo Multipropósito “Atlântico”:

  • 06 helicópteros do Comando da Força Aeronaval.
  • 03 Embarcações de Desembarque de Viatura e Pessoal, com capacidade para embarque de 35 pessoas cada.
  • 01 Lancha de transporte de pessoal (20 pessoas).
  • 01 Lancha Operativa do tipo Pacific.​
  • 01 Equipe de Pronto Emprego do Centro de Medicina Operativa da Marinha, composta por 28 médicos e militares da área de saúde de diferentes especialidades, incluindo pediatras.​​​
  • Centro Médico do Navio-Aeródromo Multipropósito “Atlântico” com médicos das seguintes especialidades: Ortopedista, Cirurgião Geral, Anestesista, Clínico Geral, além de Farmacêutico, Cirurgião Dentista, Técnicos em Enfermagem, Auxiliar de Higiene Bucal e Auxiliar de Laboratório (patologia clínica).​​
  • Estoque de Saúde de Reação Primária.​​
  • Um Grupamento Operativo com 180 Fuzileiros Navais, da Força de Fuzileiros da Esquadra, com maquinário composto por microcarregadeiras, ambulâncias e pá carregadeira, para ajudar na desobstrução de vias e demais necessidades.


Fonte: Agência Marinha de Notícias
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Aspirantex 2023: chega ao fim a primeira operação da Esquadra no ano

14:47

 Ao final da comissão, os aspirantes da Escola Naval fizeram as escolhas de suas carreiras


Após mais de duas semanas de exercícios avançados no mar, chega ao fim hoje (01) a primeira operação do ano envolvendo os meios da Esquadra da Marinha do Brasil (MB), a Aspirantex 2023. A missão, realizada na área compreendida entre os estados do Rio de Janeiro e Santa Catarina, foi marcada pela participação dos 291 aspirantes da Escola Naval embarcados nos cinco meios navais envolvidos, além de mais de dois mil militares. 

A Aspirantex tem uma relevância especial por permitir aos aspirantes da Escola Naval do primeiro ao terceiro ano familiarizarem-se com a vida no mar, além de ser um momento decisivo para os do segundo ano que, ao final da comissão, fazem suas escolhas profissionais entre o Corpo da Armada, de Fuzileiros Navais e de Intendentes da MB. Já para a Esquadra, marca o início do ciclo anual de adestramento de seus navios e aeronaves, operando em Grupo-Tarefa.

Exercícios intensos para o aprestamento dos meios e da tripulaçãoAo longo do período entre 16 de janeiro a 1º de fevereiro, foram realizados trinta tipos de exercícios diferentes, tais como qualificação e requalificação de pouso a bordo (QRPB), ações de guerra cibernética, trânsito sob ameaça aérea, demonstração anfíbia, trânsito com oposição de superfície, transferência de carga leve, adestramento com pirotécnicos, armar e desarmar aeronave, tiro sobre “killer tomato” com metralhadora de 40mm - o “killer tomato” é um alvo inflável de cor laranja, que é lançado no mar para exercícios de tiro -, entre outros. 

Um dos diferenciais desse ano foi o lançamento de carga por aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB). Na ocasião, a aeronave “C-130 Hércules”, da FAB, lançou uma carga no mar, enquanto uma aeronave da MB, o UH-12 “Esquilo” decolou da Fragata “Defensora” fazendo um “vertrep”, termo em inglês para definir a transferência de carga por meio de gancho do helicóptero. Esse exercício permitiu incrementar a interoperabilidade entre as Forças, ampliando as possibilidades de atuação em uma possível necessidade de recebimento de suprimento por meio aéreo em qualquer momento, por exemplo.

Outro treinamento realizado visou a uma possível necessidade de socorro às vítimas em caso de “resgate de náufragos em grande escala”, que serve para treinar o procedimento padrão para uma necessidade de resgate a uma quantidade de pessoas acima do comumente praticado.

Durante a Aspirantex, houve também o lançamento de quatro mísseis antiaéreos “Aspide” com o sistema Albatros. De acordo com o Comandante da Fragata “Independência”, Capitão de Fragata Ademar Augusto Simões Junior, esse tipo de adestramento reforça o aprestamento dos meios e do pessoal envolvido. “O lançamento de mísseis exige uma preparação tanto logística quanto uma grande preparação do pessoal, e tivemos isso. A prova foi o sucesso que foi alcançado, cumprindo a tarefa e lançando quatro mísseis que abateram os alvos aéreos”, comenta.

Durante a missão, os navios também reforçaram a segurança da Zona Econômica Exclusiva na região da Bacia de Santos (SP), produtora de petróleo e gás natural do Brasil. A ação de presença naquela parte da Amazônia Azul reafirma a preocupação da MB em proteger as riquezas, garantir a soberania e a defesa dos interesses econômicos do Brasil.

Visita ao estaleiro onde estão sendo construídas as Fragatas “Classe Tamandaré”No dia 20 de janeiro, autoridades e aspirantes da Escola Naval visitaram o Thyssenkrupp Estaleiro Brasil Sul, em Itajaí (SC). No local, eles puderam ver de perto como está o processo de construção de quatro navios de guerra, que farão parte da Esquadra da Marinha do Brasil - Fragatas "Classe Tamandaré".

A MB conduz o Programa Fragatas "Classe Tamandaré" desde 2017, com o objetivo de promover a renovação da Esquadra com navios modernos, de alta complexidade tecnológica, construídos no País. Esses navios, com previsão de entrega entre 2025 e 2029, terão alto poder de combate e serão capazes de proteger a extensa área marítima brasileira, realizar operações de busca e salvamento e atender compromissos internacionais, por exemplo.

Diálogo sobre a carreiraDurante toda a comissão, sempre perto do final do dia, os aspirantes assistiram a apresentações interativas com oficiais mais antigos, quando eles podiam tirar suas dúvidas e conhecer melhor a carreira e as histórias pessoais de quem já passou muitos desafios e conquistas que eles ainda irão viver.

Assista às entrevistas




Fizeram parte da Operação


- Navio-Aeródromo Multipropósito “Atlântico”;

- Navio Doca Multipropósito “Bahia”;

- Fragata “Defensora”; Fragata “Liberal”; Fragata “Independência”;

- Grupamento de Mergulhadores de Combate;

- Aeronaves “Super Cougar” (UH-15 e AH-15B), “Seahawk” (SH-16), “Super Lynx”(AH-11B), “Esquilo” (UH-12), “Skyhawk” (AF-1) e Bell Jet Ranger III (IH-6B);

- Carros Lagarta Anfíbio (CLAnf);

- Aeronaves da Força Aérea Brasileira (P-95 e C-130)


Fonte: Agência Marinha de Notícias

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MARINHA DO BRASIL CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA MARINHA NOTA OFICIAL Brasília – DF Em 20 de janeiro de 2023

17:33

NAe São Paulo em 2005

A Marinha do Brasil (MB), por meio da Autoridade Marítima Brasileira (AMB), informa que a empresa Sök Denizcilik Tic Sti (Sök), proprietária do casco do ex-Navio Aeródromo (NAe) São Paulo, após receber determinações da AMB, não adotou as providências necessárias para a manutenção do casco em segurança, em área marítima indicada, situada a 24 milhas náuticas (cerca de 46 km) da costa brasileira, fora do Mar Territorial. 

Diante desse cenário, a fim de garantir a segurança do tráfego aquaviário e a prevenção da poluição ambiental, a AMB realizou inspeção pericial no casco, na qual foi constatada uma severa degradação das condições de flutuabilidade e estabilidade. Além disso, o casco não possui cobertura do Seguro P&I (Protection and Indemnity – proteção e indenização), tampouco contrato para atracação e reparo, firmado com empresa/estaleiro com capacidade de execução dos serviços necessários, ambos de responsabilidade da empresa Sök. Acrescenta-se, ainda, a interrupção do pagamento à empresa contratada para realizar o reboque desde o mês de novembro de 2022. Dessa forma, a AMB determinou maior afastamento do comboio (rebocador conectado ao casco) da costa, para região com maior profundidade; e a designação da Fragata “União” e do Navio de Apoio Oceânico “Purus” para realizar o acompanhamento do reboque. Por fim, com o propósito de garantir a segurança da navegação e a prevenção da poluição ambiental na costa brasileira e seus portos, a AMB, dadas as condições em que o casco se encontra, não autorizará a aproximação deste de águas interiores ou terminais portuários, em face do elevado risco que representa, com possibilidade de encalhe, afundamento ou interdição do canal de acesso a porto nacional, com prejuízos de ordem logística, operacional e econômica ao Estado brasileiro. 

Entenda o caso:

O casco do ex-NAe São Paulo foi arrematado por empresa estrangeira em processo licitatório, cujo termo de transferência de posse e propriedade datado de 21 de abril de 2021. Acrescenta-se que todas as ações foram conduzidas em plena consonância com a legislação brasileira e internacional vigentes. Após a decisão de desmobilizar o Navio e analisadas as opções para sua destinação, a MB optou pela alienação do casco para “reciclagem verde”. Trata-se de um processo inédito de Reciclagem Segura e Ambientalmente Adequada (Safe and Environmentally Sound Recycling of Ships). 

O vencedor do leilão e atual proprietário do casco é o estaleiro turco Sök Denizcilik Tic Sti, credenciado e certificado para realizar a reciclagem ambientalmente segura. A MB fez constar em edital exigências que obrigavam o proprietário do casco a cumprir normas internacionais, como: o cumprimento da Convenção de Basileia sobre o Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e seu Depósito (1989); e a apresentação de Inventário de Materiais Perigosos (IHM), auditado por testes de laboratório credenciado e aprovado por Sociedade Classificadora independente, com base nas Resoluções da Organização Marítima Internacional (IMO). 

Em relação ao IHM, cabe destacar que o Navio, enquanto pertencia à Marinha Nacional Francesa (MNF), realizou, na década de 1990, ampla desamiantação dos compartimentos da propulsão, catapulta, máquinas-auxiliares e diesel geradores, culminando com a retirada de aproximadamente 55 toneladas de amianto. Sobre a transferência do casco para a Turquia, os procedimentos foram integralmente conduzidos de acordo com as normas emitidas pelo IBAMA, que, no Brasil, é a autoridade competente para emitir a autorização para a exportação de resíduos perigosos ou controlados, perante a Convenção de Basileia. A MB, embora não fosse proprietária do casco, acompanhou, com atenção, os processos e trâmites administrativos para a liberação ambiental realizados pela empresa Sök, responsável pelas ações, em perfeita observância às solicitações do IBAMA e do correspondente órgão ambiental da Turquia. A permissão para exportação foi concedida após notificação e consentimento dos países envolvidos. Em 4 de agosto, o casco foi levado do Brasil em boas condições de estanqueidade e flutuabilidade. Ao chegar às proximidades do Estreito de Gibraltar, no dia 26 do mesmo mês, o órgão ambiental turco decidiu cancelar unilateralmente a autorização previamente concedida. A partir dessa decisão, o IBAMA suspendeu a permissão de exportação que havia emitido, determinou o regresso do casco para o Brasil e notificou o atual proprietário, o Secretariado da Convenção de Basileia e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Por ocasião do regresso, foi identificada avaria no costado, que tem afetado a condição de estanqueidade e flutuabilidade. Atualmente, o casco apresenta progressiva degradação, observada a partir da comparação dos relatórios de inspeção dos meses de outubro e dezembro de 2022, ensejando medidas adicionais de segurança. Desde o retorno do casco, com o propósito de viabilizar o reparo e posterior reexportação para estaleiro certificado pela União Europeia, a AMB determinou à empresa Sök o cumprimento dos requisitos para a entrada em águas interiores, dentre os quais destacam-se: • A necessidade de manutenção de cobertura de seguro P&I, o qual seria acionado para custear eventual desencalhe ou reflutuação/remoção (em caso de afundamento) e para cobrir um período de trabalho atracado em determinado estaleiro; e • Apresentação de um contrato para atracação e reparo do casco, firmado com empresa/estaleiro com capacidade de execução dos serviços necessários, com respectivo plano de trabalho detalhado e tempo estimado, cujos termos estabeleçam os deveres e responsabilidades de cada parte, no que se refere à vigilância e manutenção de equipamentos e sistemas, durante todo o período em que o casco permanecer docado/atracado.


Marinha do Brasil ativa Centro de Projetos que desenvolverá submarinos e navios de superfície

17:29


A nova Organização Militar trabalhará em um dos complexos industriais mais modernos do País, projetando o 1º Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear e, também, navios de superfície

Fonte: Agência Marinha de Notícias

Contribuir para os Projetos Estratégicos da Força Naval nos próximos anos, projetando o primeiro Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear (SCPN) brasileiro e ainda participar do desenvolvimento do Programa de Obtenção de Navios Patrulha (PRONAPA). Estes serão os imediatos desafios do Centro de Projetos de Sistemas Navais (CPSN), a nova Organização Militar da Marinha do Brasil inaugurada nesta sexta-feira, 9 de dezembro, no Complexo Naval de Itaguaí (CNI), no estado do Rio de Janeiro. 
O novo Centro de Projetos da Força Naval atuará de forma integrada no desenvolvimento de projetos de meios navais em um único polo de engenharia nacional, aproveitando-se da estrutura e dos profissionais altamente especializados que antes pertenciam ao Centro de Desenvolvimento de Submarinos (CDSub) e ao Centro de Projetos de Navios (CPN), organizações militares extintas com a criação do CPSN. 
Essa decisão da Marinha permitirá a centralização no desenvolvimento de projetos de engenharia dos novos navios e submarinos que serão fabricados nos próximos anos, valendo-se da capacidade e integração do Arsenal da Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ) e do CNI, um dos complexos industriais mais modernos do País.
No decorrer da Cerimônia de Mostra de Ativação do CPSN, com a presença do Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Almir Garnier Santos e de membros do Almirantado, o Contra-Almirante (Engenheiro Naval) Rogério Corrêa Borges assumiu a direção da nova Organização Militar, que ficará subordinada à Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha. E para falar dos principais desafios do CPSN, o Contra-Almirante Borges concedeu entrevista para a Agência Marinha de Notícias. Confira os principais trechos:



 
Por que a Marinha decidiu criar o Centro de Projetos de Sistemas Navais?

Na busca permanente pelo aprimoramento dos seus processos de gestão, visando à preparação de uma Marinha moderna, equilibrada e balanceada, a Administração Naval tem aplicado continuado esforço na revisão da sua estrutura organizacional com o propósito de readequá-la a uma gestão mais moderna, eficiente e menos onerosa. 
Nesse contexto, identificou a oportunidade de criar um polo de excelência para o desenvolvimento de projetos de meios navais, aproveitando-se do notório capital humano disponível no Centro de Desenvolvimento de Submarinos (CDSub) e no Centro de Projetos de Navios (CPN), organizações com tarefas finalísticas similares. Assim, o CPSN foi criado com pessoal altamente qualificado, egresso das duas OM de origem, capitalizando o conhecimento e expertise já adquirido, otimizando custos para a preservação e aprimoramento dessa capacitação técnica e flexibilizando seu emprego nos diversos projetos de meios navais.

Quais são os principais desafios da nova Organização Militar?

O CPSN iniciará a sua trajetória com desafios a serem superados, entre eles, o da imediata integração das equipes técnicas de projeto oriundas do CDSub e do CPN, concentrando o conhecimento adquirido por ambas instituições ao longo de suas histórias e adotando uma metodologia unificada de trabalho. 
Continuamente, o estabelecimento de parcerias tecnológicas e/ou industriais com empresas da área da construção naval, inseridas nos modelos de negócios definidos pela Administração Naval, será tratado de forma a garantir a participação deste Centro de Projetos em programas estratégicos de construção de meios de superfície, entre eles, por exemplo, o Navio-Patrulha de 500 toneladas.
Além disso, o CPSN dará continuidade ao projeto de detalhamento do SCPN, com ênfase na elaboração das especificações de construção e de industrialização necessárias à construção da seção de qualificação de seu casco resistente, assim como da seção preliminar, a partir de 2023.
 
 12/12/2022 - Por Capitão-Tenente (T) Bruno Braga Britto de Oliveira - Rio de Janeiro, RJ
Fonte: Agência Marinha de Notícias
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