Praticagem contribui para minimizar prejuízos ao Porto de Santos

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Praticagem participou das simulações que definiram os parâmetros para a homologação da nova profundidade do canal do porto. Novas simulações serão realizadas para definir os limites para a mão dupla

Para permitir a homologação de maior profundidade (14,9 metros), o canal de acesso ao Porto de Santos sofreu um estreitamento de 280 metros para 220 metros no trecho em curva entre as boias nº 2 e nº 4. Em consequência disso, o projeto de balizamento aprovado para as novas condições definiu que o comprimento máximo dos navios que passariam a trafegar pelo novo canal seria limitado a 266 metros e que todo o tráfego passaria a ser efetuado em mão única.Antevendo os possíveis prejuízos, já que mais de 25% dos navios que frequentam o Porto de Santos tinham comprimento superior ao limite que fora estabelecido e que o tráfego se processava em mão dupla para as embarcações com até 230 metros de comprimento, a Praticagem de Santos propôs às Autoridades Marítima e Portuária a realização de manobras em simulador para verificar, a despeito dos limites estabelecidos com base nas normas técnicas, quais seriam os limites possíveis de alcançar, com segurança, utilizando-se de toda a perícia e ‘expertise’ dos práticos. Isto permitiria minimizar o prejuízo à dinâmica do tráfego no porto.Com base nos resultados das simulações realizadas nos dias 27, 28 e 29/05, a Portaria nº 38/2013, da Capitania dos Portos, definiu o navio-tipo autorizado a realizar manobras em condições seguras de visibilidade sem quaisquer restrições: 306 metros de comprimento máximo e largura máxima de 46 metros. Antes do estreitamento do canal, eram realizadas manobras sem restrição de embarcações com comprimento de 306 metros (navios MALLECO, MEHUIN, MAULLIN, MAIPO e MATAQUITO) e 48,2 metros de largura (navios MSC AGADIR, MSC ALBANY e MSC ANCHORAGE). Com restrições, eram movimentados navios com até 334 metros de comprimento e 43 metros de largura (navios ALIANCA ITAPOÁ – ex COSCO VIETNAN e ALIANCA CHARRUA).
Ficou estabelecido, também, que os navios entre 306 e 335 metros de comprimento somente poderão manobrar em condições especiais que serão coordenadas pelas Autoridades Marítima e Portuária e pela Praticagem. 
Para evitar a manutenção de todo o tráfego em mão única, conforme previsto no projeto de balizamento aprovado, a portaria, acatando a sugestão da Praticagem, prevê a possibilidade de tráfego em mão dupla para os navios com até 190 metros de comprimento, largura de 33 metros e calado de 11 metros. Essa situação irá perdurar até que a Companhia das Docas do Estado de São Paulo (Codesp) promova novas simulações de manobras.
“Não há dúvida de que a proatividade da Praticagem e a sua disposição em contribuir para a busca de soluções ajudou a evitar que hoje, à luz do que está previsto nas normas técnicas pertinentes, um em cada quatro navios que frequentam o Porto de Santos não mais pudesse trafegar pelo canal de acesso” – ressalta o presidente da Praticagem de Santos, Paulo Sérgio Barbosa, que acompanhou de perto as simulações realizadas na semana passada por práticos e representantes das Autoridades Marítima e Portuária.

O calado operacional passou a ser de 13,2 metros, podendo ser elevado a 14,2 metros nas janelas de maré, isto é, quando a altura da maré estiver igual ou superior a um metro. A homologação da nova profundidade do canal do porto poderá representar uma vitória para o Porto de Santos, na medida em que os berços de atracação estejam estruturados em termos de profundidades compatíveis com esta nova realidade.

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