Atuação da Praticagem na Amazônia foi tema de Sessão Especial na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas
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A importância do setor, as características da profissão e o trabalho
desenvolvido pelos práticos na Amazônia foi tema de palestra do presidente do
Conselho Nacional de Praticagem, Gustavo Martins.
Responsável por garantir a segurança da navegação no acesso aos portos em todo o mundo, a Praticagem, atividade essencial e privada, foi tema de sessão especial na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), no dia, 12 de julho, às 12h, no Plenário Ruy Araújo. A sessão foi marcada a partir da aprovação do Requerimento nº 1281/16, de autoria do deputado Sabá Reis (PR). O tema do evento foi “Praticagem do Brasil e sua atuação na Amazônia Legal”.
O diretor-presidente do Conselho Nacional da Praticagem (Conapra),
Gustavo Martins, e representantes da praticagem da região amazônica fizeram
palestras durante a sessão, abordando as atividades desempenhadas pelos
práticos, profissionais que contribuem para a movimentação do comércio
exterior, importação e exportação, de todo o país.
De acordo com Martins, a presença do prático dentro dos navios de grande
porte é substancial para garantir maior eficiência e segurança à navegação. Com
formação náutica de excelência, o profissional tem como principal
característica o conhecimento técnico da navegação em águas restritas, tais
como: variações das correntes, ventos, marés e profundidades.
“Os práticos são profissionais habilitados pela Marinha que assessoram
os comandantes na entrada e saída dos portos. Eles compõem a lista de
profissionais que garantem o cumprimento da Lei 9.537/1997, que dispõe sobre a
segurança do tráfego aquaviário em águas sob jurisdição nacional e dá outras
providências”, afirmou.
O Brasil conta com 22 Zonas de Praticagem (ZP) e a região amazônica
responde por três delas. Em Manaus, as empresas PROA e Manaus Pilots atuam no
limite da ZP 02 – que compõe a rota de Itacoatiara (AM) a Tabatinga (AM) –,
contando com toda a infraestrutura necessária de apoio aos serviços de
Praticagem, como serviços de comunicação e coordenação de tráfego marítimo. A
terceira ZP da região amazônica fica em Belém.
O diretor-presidente do Conapra comenta que a atividade é essencial à
segurança, porque reduz muito a possibilidade de acidentes, que podem custar a
vida de pessoas, provocar danos ao meio ambiente, aos próprios navios e
instalações portuárias e, ainda, prejuízos de milhões de dólares em cargas.
Martins exemplifica que, no início de julho, a atuação de um prático foi
fundamental para evitar um desastre ambiental marítimo na Baía de Guanabara, já
que um navio carregado de gás apresentou uma falha técnica que fez com que o
leme da embarcação travasse, impedindo qualquer manobra. O prático havia
embarcado com a tarefa de conduzi-lo para as proximidades do terminal de Gás
Natural da Petrobras (GNL). Se não fosse sua habilidade técnica, a colisão com
o forte de Santa Cruz seria iminente e causaria grande explosão.
Segundo a Associação Internacional de Clubes de Proteção Mútua dos
Armadores (International Group of P&I Clubs, em inglês) o índice de acidentes
com práticos a bordo no Brasil é de apenas 0,002% (dois milésimos por cento),
similar ao dos Estados Unidos, mesmo com as gritantes diferenças de recursos e
de infraestrutura.
“A Praticagem brasileira é parte da solução do Brasil. É parte daquilo que
faz os portos brasileiros funcionarem além de suas capacidades”, pontuou
Gustavo Martins.
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