17 de julho - Dia do Submarinista

12:00



O Comando da Força de Submarinos, completa  103 anos

A Idéia do Submarino na Marinha do Brasil


 A idéia de dotar a Armada Brasileira com uma nova arma para a Guerra Naval germinou com o desenvolvimento, ainda embrionário, do submarino no final do século XIX e início do século XX.


Eventos históricos, como as experiências com protótipos realizadas por LUIZ JACINTHO GOMES e EMíLIO JúLIO HESS, foram alvos de reportagens sensacionais e de grande importância para a época, com repercussões no exterior. Em 1891, o então Primeiro-Tenente FELINTO PERRY encetava, com entusiasmo e competência, uma campanha para aquisição de submarinos para o Brasil. Seus trabalhos, publicados nos periódicos da época, foram motivos de reflexão e de ampla discussão, despertando o interesse público e motivando a Alta Administração Naval. Em uma sentença, já àquela época, o Tenente PERRY destacava o valor do submarino para a defesa da soberania do Estado: "...que o Brasil veja, o quanto antes, iniciada a sua Marinha no manejo dessa arma poderosa incontestavelmente, fator importantíssimo na defesa das fronteiras marítimas." Em 1904, o Ministro dos Negócios da Marinha, Almirante JúLIO CÉSAR DE NORONHA, incluía três submersíveis no Programa de Construção Naval. A aprovação deste programa pelo Congresso Nacional deveu-se, em particular, ao prestígio parlamentar de LAURINDO PITTA, que habilmente motivou a Câmara dos Deputados para tramitação do projeto, em defesa da reconstituição do Poder Naval brasileiro. O epílogo da campanha de aquisição de submersíveis para a Marinha do Brasil e o início da vida dessa nova categoria de navios na MB vieram a se concretizar em 1911, quando o Ministro da Marinha, Vice-Almirante JOAQUIM MARQUES BAPTISTA DE LEÃO, criou a Sub-Comissão Naval na Europa, em La Spezia, Itália, para fiscalizar a construção de três submersíveis encomendados ao Governo italiano. Foi nomeado para o cargo de Chefe dessa Sub-Comissão o Capitão-de-Corveta FELINTO PERRY.
 
COMANDANTE FELINTO PERRY - Felinto Perry nasceu no Rio de Janeiro, em 1870. Ingressou na Escola Naval, sendo promovido a aspirante a guarda Marinha em março de 1886. Foi nomeado capitão do porto do Rio Grande do Sul em 1891. Exerceu diversas funções, entre as quais, o comando das torpedeiras Araguary e Pedro Affonso, do navio-escola cruzador Primeiro de Março e do destroyer Pará. Em março de 1902, quando era primeiro tenente, foi nomeado adido naval na França e na Alemanha. Exonerado do cargo de imediato do cruzador Tiradentes em fevereiro de 1905, foi nomeado secretário e ajudante de ordens do comando da Segunda Divisão Naval do Sul. Em fevereiro de 1909, quando ocupava o posto de capitão de corveta, foi nomeado chefe de gabinete do Ministro da Marinha. Felinto Perry foi o primeiro comandante da Flotilha de Submersíveis criada em 1914 com a chegada ao Brasil dos submarinos F-1, F-3 e F-5 fabricados na Itália. Em novembro de 1920 foi nomeado diretor da Escola Naval de Guerra, cargo que exerceu até novembro de 1922. Em agosto de 1921, substituiu o Almirante Alexandrino de Alencar na presidência do Clube Naval. Faleceu em dezembro de 1929, quando ocupava o posto de Vice-Almirante
Fonte. Marinha do Brasil

Esquadra recebe prêmio do Programa de Gestão da Marinha

18:09


Comando em Chefe da Esquadra em premiação

O Comando em Chefe da Esquadra recebeu o Prêmio “Excelência em Gestão”, do Programa Netuno, em cerimônia realizada no dia 26 de junho, no Museu do Amanhã, Rio de Janeiro (RJ).
A premiação fez parte do “VI Simpósio de Práticas de Gestão”, realizado pela Diretoria de Administração da Marinha, e visa reconhecer o trabalho de gestão e as iniciativas das organizações militares da Marinha que mais se destacaram no biênio 2016-2017.
“Essa premiação coroa o trabalho em equipe realizado por militares que exercem suas funções com dedicação e profissionalismo” declarou o Comandante em Chefe da Esquadra, Vice-Almirante Celso Luiz Nazareth.
Fonte: www.marinha.mil.br

Navio Veleiro “Cisne Branco” participa da Sail Den Helder 2017

13:53

NVe “Cisne Branco” em postos de continência

Entre os dias 22 e 25 de junho, o Navio Veleiro (Nve) “Cisne Branco” participou da regata Sail Den Helder 2017, realizada na Holanda, juntamente com outros navios veleiros e diversos meios da Marinha Real Holandesa (RNLN).
O evento teve início com um desfile de navios, onde os participantes saudaram o HNLMS "Morgenster", que transportava o Comandante da RNLN e outras autoridades civis e militares.
A bordo do NVe “Cisne Branco”, estiveram o comandante do navio, Capitão de Mar e Guerra João Alberto de Araujo Lampert; o Adido de Defesa e Naval na República Federal da Alemanha e Holanda, Capitão de Mar e Guerra Marzone Affonso Rêgo Gavino; e a Embaixadora do Brasil na Holanda, Regina Maria Cordeiro Dunlop.
No período em que ficou atracado no porto holandês, além das atividades de cunho representativo, o “Cisne Branco” recebeu cerca de seis mil visitantes.

Visitação pública ao NVe "Cisne Branco" em Den Helder, Holanda

A Embaixadora do Brasil na Holanda, o Adido de Defesa e Naval na República Federal da Alemanha e Holanda e o Comandante do NVe “Cisne Branco”

NVe "Cisne Branco" atracado em Den Helder, Holanda

Fonte: Marinha do Brasil

Marinha do Brasil assina convênio com a Confederação Brasileira de Vela

17:20

A Marinha do Brasil e a Confederação Brasileira de Vela (CBVela) celebraram, no dia 26 de junho, a assinatura de convênio, na sede do Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais (CGCFN), no Rio de Janeiro (RJ). O acordo visa viabilizar ações e projetos que auxiliem na preparação dos atletas brasileiros da modalidade de Vela, para as principais competições do calendário oficial da Federação Internacional de Vela, além das competições militares.


Assinatura do Convênio
Estiveram presentes à cerimônia, o Comandante-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais; o Presidente da Confederação Brasileira de Vela, Marco Aurélio de Sá Ribeiro; os velejadores olímpicos Torben Grael e Isabel Swan; entre outras autoridades civis e militares.
De acordo com Marco Aurélio, essa assinatura sacramenta uma relação de cooperação que sempre existiu entre a Marinha do Brasil e a Confederação Brasileira de Vela, que agora ganha um caráter estratégico. “Vamos trabalhar cada vez mais juntos, não só para fazer crescer nosso esporte, mas também para fomentar a cultura marítima brasileira, divulgar o trabalho fantástico que a Marinha do Brasil faz na proteção das nossas águas e na formação humana e profissional dos nossos atletas”.
O Presidente da Comissão de Desportos da Marinha do Brasil, Contra-Almirante, Fuzileiro Naval, Pedro Luiz Gueiros Taulois, destacou que, após os resultados positivos nos Jogos Olímpicos Rio 2016, este é mais um passo importante na preparação para as próximas grandes competições que estão por vir. “Com este convênio, ambas as instituições estão empenhando seus esforços para otimizar os recursos financeiros e de pessoal para atingir as metas e os objetivos desafiadores que nos serão impostos e, como os 7º Jogos Mundiais Militares, na China, em 2019, e os Jogos Olímpicos em Tóquio, em 2020.

Comandante-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais (ao centro) e atletas da Vela da Marinha do Brasil
Fonte https://www.marinha.mil.br/noticias/

Paisagens litorâneas são fonte de inspiração para exposição na USP

20:17

“Fruto de anos de dedicação, o objetivo da exposição é provocar interesse, inquietação e um prazer visual aos visitantes através da arte”, comenta o professor. Na mostra, obras modernas misturam-se com telas mais antigas do docente, responsável por contribuir com grande parte do acervo exposto. Além disso, reúnem-se trabalhos de artistas e alunos que, segundo Dias Filho, possuem um fascínio pela paisagem litorânea.
A exposição também é um palco de homenagens. Em memória de Esmeralda Navarro — ex-professora de Geraldo -, o professor disponibilizou um espaço no centro da mostra com obras da artista que, segundo ele, simboliza um altar em agradecimento a essa inspiradora de sua obra.

A tinta cheira água salgada

Dividida em dois ambientes, o primeiro dos espaços, a sala de exposição multiuso da biblioteca, abriga trabalhos de docentes, ex-docentes e artistas relacionados à Universidade, como Beralda Altenfelder e Evandro Carlos Jardim. São diversas telas, papéis e madeiras pincelados com muita tinta azul-esverdeada. Para além do mar, retratam embarcações, praias, serras e costas, englobando, assim, todo o universo praiano através da arte.
Afastando-se dos artistas já consolidados, a exposição cria oportunidade para alunos da disciplina Práticas de Pintura I da ECA exibirem seus trabalhos, construídos ao longo do semestre. Há nove anos, estudantes dessa disciplina, beneficiados pela parceria entre o Departamento de Artes Plásticas e o Instituto Oceanográfico (IO) da USP, viajam para Cananeia, cidade litorânea paulista. Durante uma semana, os pintores, usufruindo do contato direto com o litoral, desenvolvem obras relacionadas às paisagens praianas.
Na mostra, as pinturas também cedem espaço aos registros fotográficos. Obras dos fotógrafos Carlos Moreira e Arnaldo Pappalardo se afastam das cores e exibem elementos da paisagem litorânea através de seus cliques em preto e branco. A exposição também ganha forma a partir do trabalho do artista Hugo Fortes. Com maquetes feitas de um material semelhante ao sal-marinho, Fortes mistura tintas e objetos para retratar o oceano.

Arte para todos: o projeto de extensão em Cananeia

De caráter mais experimental, no segundo espaço da exposição encontram-se telas de jovens moradores da região da Cananeia. Embelezando a Sala BNDES, o objetivo de colocá-las em exibição é algo mais positivista, como menciona o professor, na busca de tentar defender um projeto antigo.
Durante os meses de de janeiro e julho, temporada de férias escolares, participantes de um programa de extensão da Universidade desenvolvem um projeto com crianças e jovens moradores da região. Nesse período, os bolsistas adaptam e replicam à comunidade as aulas de Pintura de Paisagem, dadas pelo professor Geraldo durante a graduação.
Segundo o docente, apaixonado por praia e arte, o projeto serve como atitude de resistência e oportunidade aos caiçaras. “Penso que a pintura pode dar uma nova perspectiva à população de jovens que, aos poucos, estão abandonando Cananeia.”
A exposição Praia: Paisagem em Processo acontece até o dia 14 de julho, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h30, na Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin (Rua da Biblioteca, s/n, Cidade Universitária, São Paulo). Para mais informações, ligue (11) 2648-0310 ou acesse o site da biblioteca.
Fonte: Publicado Originalmente em Jornal da USP 14/06/2017

Nível do mar na costa brasileira tende a aumentar nas próximas décadas

15:24

O nível do mar na costa brasileira tende a aumentar nas próximas décadas. No Brasil,contudo, onde mais de 60% da população vive em cidades costeiras, não há um estudo integrado da vulnerabilidade dos municípios litorâneos a este e a outros impactos decorrentes das mudanças climáticas, como o aumento da frequência e da intensidade de chuvas. Um estudo desse gênero possibilitaria estimar os danos sociais, econômicos e ambientais e elaborar um plano de ação com o intuito de implementar medidas adaptativas.
As conclusões são do relatório especial do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC) sobre “Impacto, vulnerabilidade e adaptação das cidades costeiras brasileiras às mudanças climáticas”, lançado nesta segunda-feira (05/06) durante um evento no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.
A publicação tem apoio da FAPESP e parte dos estudos nos quais se baseia são resultado do Projeto Metrópole e de outros projetos apoiados pela Fundação no âmbito do Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) para Mudanças Climáticas, financiado pela Fundação e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
“A ideia do relatório foi mostrar o estado da arte sobre mudanças de clima e cidades costeiras, baseado em uma exaustiva revisão de publicações internacionais e nacionais sobre o tema, e também identificar lacunas no conhecimento para que os formuladores de políticas públicas e tomadores de decisão no Brasil possam propor e implementar medidas de adaptação”, disse José Marengo, coordenador-geral de pesquisa e desenvolvimento do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e um dos autores e editores do relatório, à Agência FAPESP.
De acordo com dados do documento, entre 1901 e 2010 o nível médio do mar globalmente aumentou 19 centímetros – com variação entre 17 e 21 centímetros.
Entre 1993 e 2010, a taxa de elevação correspondeu a mais de 3,2 milímetros (mm) por ano – com variação entre 2,8 e 3,6 mm por ano.
No Brasil também há uma tendência de aumento do nível do mar nas regiões costeiras com algum grau de incerteza porque não há registros históricos contínuos e confiáveis, ponderam os autores.
“Ainda não conseguimos detectar o aumento do nível do mar no Brasil por conta das poucas observações existentes e de estudos de modelagem para avaliar os impactos. Mas já identificamos por meio de estudos regionais diversas cidades de médio e grande porte que apresentam alta exposição à elevação do nível relativo do mar e já têm sofrido os impactos desse fenômeno, particularmente na forma de ressacas e inundações”, disse Marengo.
Entre essas cidades, onde 60% da população reside na faixa de 60 quilômetros da costa, estão Rio Grande (RS), Laguna e Florianópolis (SC), Paranaguá (PR), Santos (SP), Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES), Salvador (BA), Maceió (AL), Recife (PE), São Luís (MA), Fortaleza (CE) e Belém (PA).
Nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro, por exemplo, têm sido registradas taxas de aumento do nível médio do mar de 1,8 a 4,2 mm por ano desde a década de 1950.
Na cidade de Santos, no litoral sul paulista, onde está situado o maior porto da América Latina, o nível do mar tem aumentado 1,2 mm por ano, em média, desde a década de 1940. Além disso, ocorreu um aumento significativo na altura das ondas – que alcançava 1 metro em 1957 e passou a atingir 1,3 m, em 2002 – e na frequência de ressacas no município.
Já no Rio de Janeiro, a análise dos dados da estação maregráfica da Ilha Fiscal – que tem a série histórica mais antiga do Brasil e fica no meio da Baía da Guanabara – indica uma tendência média de aumento do nível do mar de mais ou menos 1,3 mm por ano, com base nos dados mensais do nível do mar do período de 1963 a 2011 e com um índice de confiança de 95%.
Por sua vez, em Recife o nível do mar aumentou 5,6 mm entre 1946 e 1988 – o que corresponde a uma elevação de 24 centímetros em 42 anos. A erosão costeira e a ocupação do pós-praia provocaram uma redução da linha de praia em mais de 20 metros na Praia de Boa Viagem – a área da orla mais valorizada da cidade –, apontam os autores do relatório.
“Existem poucas observações como essas em outras regiões do país. Quando tentamos levantar dados dos últimos 40 ou 100 anos sobre o aumento do nível do mar em outras cidades do Nordeste, como Fortaleza, por exemplo, é difícil encontrar”, disse Marengo.
Impactos socioeconômicos
De acordo com os autores do relatório, as mudanças climáticas e um acelerado ritmo de elevação do nível do mar podem causar sérios impactos nas áreas costeiras do Brasil.
Os impactos socioeconômicos seriam mais restritos às vizinhanças das 15 maiores cidades litorâneas, que ocupam uma extensão de 1,3 mil quilômetros da linha costeira – correspondente a 17% da linha costeira do Brasil.
Entre as principais consequências da elevação do nível do mar, entre diversas outras, estão o aumento da erosão costeira, da frequência, intensidade e magnitude das inundações, da vulnerabilidade de pessoas e bens e a redução dos espaços habitáveis.
“Os impactos mais evidentes da elevação do nível do mar são o aumento da frequência das inundações costeiras e a redução da linha de praia. Mas há outros não tão perceptíveis, como a intrusão marinha, em que a água salgada do mar começa a penetrar aquíferos e ecossistemas de água doce”, ressaltou Marengo.
As projeções do quinto relatório (AR5) do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) são que a elevação do nível do mar globalmente varie entre 0,26 e 0,98 metro até 2100 – em um cenário mais pessimista. O relatório apresenta estimativas similares para a costa brasileira.
Considerando que a probabilidade de inundações aumenta com a elevação do nível do mar pode ser esperada uma maior probabilidade de inundações em áreas que apresentam mais de 40% de mudanças no nível do mar observadas nos últimos 60 anos – como é o caso de várias metrópoles costeiras brasileiras, ressaltam os autores.
As inundações costeiras serão mais preocupantes no litoral do Nordeste, Sul e Sudeste, e também podem afetar o litoral sul e sudoeste da cidade do Rio de Janeiro. Os seis municípios fluminenses mais vulneráveis à elevação do nível do mar, de acordo com estudos apresentados no relatório, são Parati, Angra dos Reis, Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Magé e Campos dos Goytacazes.
“A combinação do aumento do nível do mar com tempestades e ventos mais fortes pode provocar danos bastante altos na infraestrutura dessas cidades”, estimou Marengo.
Exemplo de plano
O documento destaca o Plano Municipal de Adaptação à Mudança de Clima (PMAMC) da cidade de Santos como exemplo de plano de ação para adaptação às mudanças de clima e os seus impactos nas cidades [Leia mais sobre o assunto em http://agencia.fapesp.br/21997/].
A elaboração do plano foi baseada nos resultados do Projeto Metrópole, coordenado por Marengo.
O estudo internacional estimou que a inundação de áreas costeiras das zonas sudeste e noroeste de Santos, causada pela combinação da elevação do nível do mar com ressacas, marés meteorológicas e astronômicas e eventos climáticos extremos, pode causar prejuízos acumulados de quase R$ 2 bilhões até 2100 se não forem implementadas medidas de adaptação.
O estudo é realizado por pesquisadores do Cemaden, dos Institutos Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Geológico (IG) e das Universidades de São Paulo (USP) e Estadual de Campinas (Unicamp), em parceria com colegas da University of South Florida, dos Estados Unidos, do King’s College London, da Inglaterra, além de técnicos da Prefeitura Municipal de Santos.
“Nossa intenção é aplicar essa metodologia utilizada em Santos em outras cidades litorâneas brasileiras para termos pelo menos uma estimativa inicial do custo de adaptação à elevação do nível do mar”, disse Marengo. 
Fonte: Elton Alisson | Agência FAPESP – 
 

Novo convênio entre a Praticagem e Unisanta trará maior segurança ao Porto e benefícios ao meio ambiente

16:16

 A Praticagem de São Paulo e a Universidade Santa Cecília assinaram novo convênio para utilização dos dados obtidos em tempo real pelo Centro de Coordenação, Comunicações e Operações de Tráfego ( C3OT). Objetivo: aumentar ainda mais a segurança para o Porto, embarcações e comunidade de Santos e auxiliar a Defesa Civil e preservação do meio-ambiente.



Nilson P. Santos - Presidente da Praticagem de São Paulo

“Estou orgulhoso de participar desta parceria. O foco é a segurança do Porto, mas os estudos serão úteis para todos”, observou o presidente da Praticagem, Nilson Pereira dos Santos.


“Este convênio é fundamental para permitir equacionar ações e reações diante de agressões ao meio ambiente”, lembrou o Secretário do Meio Ambiente de Santos, Marcos Libório. Ao resultar em maior precisão nas previsões de eventos da natureza (correntes, marés, ondas fortes etc), será possível tomar medidas mais assertivas diante de ocorrências como eventuais derramamentos de óleo, por exemplo.

Participará também dos estudos a empresa Argonáutica, que desenvolveu, em conjunto com a Praticagem, o software ReDraft (calado em tempo real). A reitora Sílvia Teixeira Penteado se referiu à consolidação de alianças qualificadas, como a que se concretizou com a assinatura do convênio, como um benefício para a comunidade. “A sociedade civil organizada está representada aqui”, afirmou.

A presidente Lúcia Teixeira lembrou que esses estudos datam de várias décadas, e o convênio assinado “vem na esteira de trabalhos inclusive internacionais, como as pesquisas do EcoManage, que envolveram estudiosos da Itália, Argentina, Holanda, Chile, Portugal e Brasil”.

Todos os dados oceanográficos de meteorológicos do C3OT da Praticagem de São Paulo estão à disposição da comunidade acadêmica e servem para embasar trabalhos e pesquisas fundamentais para o desenvolvimento do porto, para o meio-ambiente e para a própria comunidade. Convênios nesse sentido foram assinados com a Universidade São Paulo (USP) e Unimonte, além da Universidade Santa Cecília.