Ícone da Marinha Mercante Brasileira, Comandante Alvaro lança livro com patrocínio do Conapra

11:11


 Foram 47 anos no mar, sendo 36 desses no comando de 14 navios, totalizando a marca de 3.710.000 milhas e mais de oito mil dias navegando. Agora, esta rica história está materializada no livro “O mar como destino”, lançado, na última sexta-feira (29/11), no Tribunal Marítimo, no Rio de Janeiro, com patrocínio do Conselho Nacional de Praticagem.

Nascido em Belém do Pará em 13 de dezembro de 1928, Dia do Marinheiro, o autor – Capitão de Longo Curso Alvaro José de Almeida Junior – disse que a obra é apenas um diário de bordo. Mas, percorrendo as suas páginas, percebe-se que é muito mais que isso, como enalteceu o Presidente do Conselho de Administração da Petrobras e Ex-Comandante da Marinha, Almirante Leal Ferreira, que assina o prefácio.

Ele destacou três aspectos importantes que a leitura revela: a história de sacrifício do autor para chegar aonde chegou; a vida de marinheiro nos últimos 50 anos; e a evolução da Marinha Mercante Brasileira.

– Este livro serve de alguma maneira de orientação para o futuro, aonde a gente quer chegar, o que precisa ser feito, o que não pode ser repetido etc. Tudo de certa forma está indiretamente presente.

O Presidente do Tribunal Marítimo, Almirante Lima Filho, lembrou que o Comandante Alvaro iniciou suas atividades em um navio com propulsão de caldeiras alimentadas por carvão, sendo a sua última embarcação dotada com o quehavia de mais moderno em equipamentos eletrônicos:

– Isso só revela mais qualidades, sua capacidade de resiliência, seu aprendizado constante e sua adaptação às profundas e constantes mudanças tecnológicas.

Lima Filho se recordou ainda das diversas condecorações do autor e da sua composição do hino da Marinha Mercante Brasileira. Comandante Alvaro atualmente ocupa o cargo de Presidente do Centro dos Capitães da Marinha Mercante.

O evento de lançamento foi prestigiado por diversos membros da comunidade marítima e colegas, inclusive de outros estados. Além dos Almirantes Leal Ferreira e Lima Filho, compuseram a mesa, ao lado do autor, o Comandante de Operações Navais, Almirante Puntel; o Comandante da Escola Superior de Guerra, Almirante Alipio Jorge; e o Diretor-Presidente do Conapra, Prático Gustavo Henrique Alves Martins, que recebeu o agradecimento pelo patrocínio da Praticagem à publicação.

Antes de iniciar a sessão de autógrafos, Comandante Alvaro, muito emocionado, encerrou a cerimônia recitando o poema “O Livro e a América”, de Castro Alves, que ofereceu a todos os amigos presentes.

Fonte: CONAPRA


Amazul irá elaborar projeto de usina de enriquecimento de urânio

10:45

Antonio Carlos Guerreiro (diretor-presidente da Amazul) e Carlos Freire Moreira  
                                                          (presidente da INB) na solenidade de assinatura do contrato. foto: INB

A Amazul assinou termo de execução descentralizada (TED) para elaborar o projeto básico da segunda fase da Usina Comercial de Enriquecimento de Urânio da INB – Indústrias Nucleares do Brasil, em Resende (RJ). O trabalho terá duração de 14 meses, com investimento de R$ 8 milhões. A meta da INB é alcançar a capacidade de abastecer com combustível nuclear as usinas de Angra 1 e Angra2.

 A INB produz urânio enriquecido a 5% em peso por meio do processo de centrifugação, para a fabricação dos combustíveis nucleares que abastecem parcialmente as usinas Angra 1 e Angra 2. O enriquecimento é realizado em cascatas, sendo que cada uma contém várias ultracentrífugas em série, aumentando gradativamente o teor de enriquecimento do U235. Desta forma, um conjunto de ultracentrífugas forma uma cascata e o conjunto de cascatas constitui um módulo.

 Na Fábrica de Combustível Nuclear da INB está localizada a Usina de Enriquecimento de Urânio, que atende atualmente, com sete cascatas em operação, cerca de 45% da quantidade média anual de urânio enriquecido necessária para abastecer a central nuclear Angra 1, sendo que o restante é importado.

 A INB pretende ter capacidade de tornar o Brasil autossuficiente na produção de combustível nuclear, atendendo plenamente às recargas de Angra 1, 2 e, futuramente, Angra 3, e está em fase de ampliação da Usina de Enriquecimento de Urânio.

Parceria

    A parceria da Amazul com a INB começou em 2015, quando a empresa assinou contrato para a elaboração de projeto conceitual e básico da Unidade de Testes e Preparação de Equipamentos Críticos e Treinamento da Fábrica de Combustíveis Nucleares.

Fonte: Amazul
 

Praticagem do Estado de S. Paulo participa de manobra inédita em São Sebastião

09:25


 Já imaginou um navio de 250 metros submergir e voltar depois, com outro navio menor em sua plataforma? Parece filme, mas não é. Essa manobra inédita aconteceu nesta semana, no Canal entre São Sebastião e Ilhabela, coordenada pela Praticagem do Estado de São Paulo, tendo sido iniciada na terça-feira e encerrada na quarta-feira.

O navio submersível doca Xin Guang Hua, de Hong Kong, com 255 metros de comprimento, que chegou no dia 19, foi posicionado com precisão em local específico, onde foi submergido parcialmente até a profundidade de 27 metros, para receber em seu convés-plataforma o navio Chipol Taihu, de 188 metros de comprimento. Este navio estava com os sistemas de propulsão e de geração de energia avariados, tendo sido rebocado do porto do Rio Grande.

As duas embarcações são da mesma operadora, a Cosco China, que resolveu montar esse esquema delicado para garantir que o navio e sua valiosa carga, de cerca de 40 mil toneladas de toras de madeira para a indústria de celulose, fossem levados com segurança para a China. A Marinha do Brasil e a Autoridade Portuária de Santos acompanharam toda a operação, mas previamente já tinha sido constatado que não haveria nenhum risco ambiental.

Toda a operação foi realizada pela Praticagem do Estado de São Paulo, com a assessoria de dois práticos: Hermes Bastos e Flavio Peixoto. O prático Hermes, que atuou na manobra, explica a operação: “A Praticagem de São Sebastião foi consultada sobre a possibilidade de acompanhar essa manobra de imersão do navio doca e de docagem do navio avariado. Além de nós, a companhia chinesa também fez contatos com a praticagem do Rio de Janeiro, para realizar a operação na Ilha Grande, e praticagem da Bahia, para realizar na baia de Todos os Santos, em Salvador. Nós tínhamos uma data limite, até o início de dezembro, devido à chegada dos navios de cruzeiro que ocupariam a área escolhida para a operação. Mas ficou decidido que a operação seria realizada em torno de 15 a 20 de novembro. Assim que o serviço foi contratado, fizemos o levantamento batimétrico, com nossa equipe de batimetria, utilizando sonda multifeixe, que forneceu dados bastante detalhados das profundidades locais. Encontramos uma área bem grande, de 34 metros de profundidade, ideal para o que necessitavam, e as condições meteorológicas (vento, corrente, ondulação e visibilidade) esperadas também seriam favoráveis para a execução do trabalho”.
Hermes conta que os superintendentes das operações de docagem da Cosco vieram especialmente da China, para acompanhar a operação no navio. Também veio o representante da empresa Zvitzer de rebocadores, que executou toda a faina de reboque, desde o Rio Grande até a fase final da manobra. Foram realizadas na sede da Praticagem do Estado de São Paulo três reuniões preparatórias com todas as equipes envolvidas para cobrir todos os detalhes da delicada operação.


O navio doca entrou na Barra Norte e foi fundeado pelos práticos, com precisão na posição determinada, no dia 19 pela manhã. Na quarta, às 4 da manhã, começou a operação para submergir parcialmente o Xin Guang Hua, que só terminou às 8 horas. Após submergir, foi até 27 metros (para dar uma ideia, o equivalente a um prédio de oito andares) para atingir a profundidade desejada e com água suficiente para receber a embarcação avariada. Depois, foi mantido alinhado contra a corrente e o vento, pelo prático Hermes, usando os rebocadores. Enquanto isso, às 6 da manhã, o prático Flávio embarcava no navio avariado, o Chipol Taihu, sem propulsão e sem energia, puxado por três rebocadores, para o ponto de encontro com o navio semissubmerso.”

Após 2 horas de reboque no canal de São Sebastiao, o prático Flávio entregou o navio Chipol Taihu na posição desejada. A partir desse ponto, o navio foi cuidadosamente puxado para dentro da plataforma-doca do navio Xing Guang, auxiliado por rebocadores e cabos especiais. “Foram três horas e meia só para deslocar o navio avariado por cerca de 200 metros, tudo muito lentamente para evitar um acidente. A outra etapa seria trazer o navio doca novamente para a profundidade normal, de navegação, após receber a carga. Para isso, eles bombeiam para fora a água dos tanques de lastro, até chegar ao nível de flutuabilidade necessária, com cerca de 11 metros de calado. Depois disso, nos dias subsequentes, serão feitas as soldas das estruturas no convés de carga, formando um picadeiro para apoiar o navio avariado com segurança, para garantir estabilidade e sustentar a embarcação até a viagem à China”, complementou Hermes.

Fonte: Praticagem de São Paulo



Submarino “Riachuelo” realiza teste de imersão estática

15:12

O Submarino “Riachuelo”, primeiro dos quatro submarinos de propulsão diesel-elétrica em construção no âmbito do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)foi submetido, com sucesso, no dia 20 de novembro, ao teste de imersão estática, procedimento decisivo para avaliação de suas condições de estabilidade no mar.

Submarino “Riachuelo” em manobra de desatracação do Cais 12,
no Complexo Naval de Itaguaí

O teste foi realizado na área sul da Ilha de Itacuruçá, a cerca de 4 milhas náuticas do Complexo Naval de Itaguaí, na Baía de Sepetiba, local onde foi instalada uma boia poitada ao fundo à qual o submarino permaneceu amarrado até seu retorno à superfície.

Submarino ”Riachuelo” amarrado à boia para início
do teste de imersão estática

A imersão estática do “Riachuelo” consistiu na admissão controlada da água nos tanques de lastro do submarino, até ficar completamente submerso, sem o uso de sua propulsão. O procedimento destinou-se a assegurar não apenas a estanqueidade e estabilidade longitudinal e transversal do submarino quando mergulhado, como também o registro do volume de água que foi admitido nos tanques internos de compensação e de trimagem. Esses valores foram utilizados para determinar com precisão o deslocamento do “Riachuelo” na condição de imersão.

Submarino ”Riachuelo” durante a execução do teste de imersão estática

A imersão estática foi o primeiro de uma série de testes de aceitação no mar, que serão conduzidos a partir de dezembro deste ano. As avaliações terão por finalidade verificar o desempenho da plataforma, dos equipamentos e dos sistemas do submarino, tanto na superfície como em imersão, a serem conduzidos pela tripulação de recebimento, sob a fiscalização da Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear e a responsabilidade da Itaguaí Construções Navais (ICN) / Naval Group. Ao final, será realizado o lançamento de torpedos F21 e de mísseis submarino-superfície SM-39, com o objetivo de testar a eficácia do sistema de combate.

Submarino ”Riachuelo” completa com sucesso sua imersão estática e as verificações correspondentes

Os testes em ambiente operacional do “Riachuelo” representam mais uma etapa relevante para o avanço do PROSUB, Programa aderente à Estratégia Nacional de Defesa. Ao contribuir para o fortalecimento do Poder Naval brasileiro, o PROSUB estimula o desenvolvimento do parque industrial nacional, asseverando também a elevada capacidade tecnológica absorvida pela Marinha e pela ICN na construção de submarinos de alta tecnologia.

Fonte: Marinha do Brasil

VIII WORKSHOP DE DIREITO MARÍTIMO

12:44

Com a finalidade de promover o debate e difundir competências na área do Direito Marítimo, o Tribunal Marítimo, realizará no dia 13 de Novembro de 2019, no Auditório do Centro Empresarial Internacional Rio - RB1, Av. Rio Branco nº 1, Centro, Rio de Janeiro, RJ, o VIII Workshop de Direito Marítimo do Tribunal Marítimo. Nesta edição, o tema central será “A Amazônia Azul, o Futuro da Cabotagem e o Descomissionamento de Plataformas de Petróleo”.


O público-alvo será formado por integrantes da esfera da Autoridade Marítima, do Judiciário – Juízes, advogados maritimistas, profissionais que atuam direta ou indiretamente com o Direito Marítimo, estudantes de Direito; e de empresas do segmento da navegação.
Traje: Civil – Passeio Completo / Militar – uniforme 5.5 ou correspondente.


Programação: Fonte: Tribunal Marítimo

Navio-Patrulha “Guaratuba” realiza combate a incêndio em lancha

19:44

Navio-Patrulha “Guaratuba” se aproxima de uma lancha em chamas nas proximidades da Ilha de Maré, na Bahia
 
No fim da tarde do dia 6 de novembro, o Navio-Patrulha “Guaratuba”, que regressava para a Base Naval de Aratu, após o emprego no monitoramento e contenção das manchas de óleo, avistou uma lancha, registrada com o nome de “Shekhinah”, em chamas, nas proximidades da Ilha de Maré, na Baía de Todos-os-Santos. O navio, subordinado ao Comando do 2° Distrito Naval (Com2ºDN), aproximou-se da embarcação e iniciou o combate ao incêndio.
 
A lancha seguiu para as proximidades da ilha, onde as profundidades são abaixo de dois metros, o que impediu a continuidade do combate pelo Navio-Patrulha. Uma embarcação da Capitania dos Portos da Bahia foi ao local e deu continuidade ao combate.
 
Os dois tripulantes foram resgatados no início do incêndio e encontravam-se sem ferimentos e, aparentemente, em boas condições de saúde.
 
Militares da Marinha do Brasil iniciam combate a incêndio em lancha

Fonte: Marinha do Brasil

Navio Polar “Almirante Maximiano” realizada primeira visita ao Porto de Punta Arenas, Chile, durante a 38ª Operação Antártica

12:46

Visita protocolar ao Comandante-em-Chefe da Terceira Zona Naval da
 Armada do Chile, em Punta Arenas
 
Entre os dias 25 e 28 de outubro, durante a 38ª Operação “Antártica”, o Navio Polar “Almirante Maximiano” atracou no porto de Punta Arenas, Chile, a fim de realizar reabastecimento e o embarque de pessoal com destino à Estação Antártica Comandante Ferraz.
 
Após a atracação, foram recebidos a bordo o Cônsul Honorário do Brasil em Punta Arenas, Mario Babaic; o Adido de Defesa e Naval no Chile, Capitão de Mar e Guerra Alexandre Taumaturgo Pavoni; e o Oficial às Ordens da Armada do Chile, Capitán de Fragata Juan Pablo Villanueva Alvarez de Toledo.
 
Ainda no dia 25 de outubro, o Comandante do Navio, Capitão de Mar e Guerra João Candido Marques Dias, acompanhado do Cônsul e do Adido de Defesa e Naval, realizou visita protocolar ao Comandante em Chefe da Terceira Zona Naval da Armada do Chile, Contra-Almirante Ronald Baasch Barberis.
 
A parada na cidade de Punta Arenas oferece aos “navios vermelhos” um importante ponto de apoio logístico, proporcionando, ainda, a espera da janela meteorológica para atravessar o Estreito de Drake, região conhecida por seus mares bravios.
 
No dia 28 de outubro, o navio suspendeu de Punta Arenas em direção ao continente antártico, tendo navegado pelos estreitos austrais, incluindo o famoso e importante Canal de Beagle.
 
 
Navio Polar “Almirante Maximiano” atracado no Muelle Pratt, em Punta Arenas

Fonte: Marinha do Brasil