Matéria com atualização: Alcatrazes será aberto à visitação com atividades de mergulhos e visita embarcada
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Após contato do pessoal do icmbio Alcatrazes, da Sra. Silvia Neri Godoy fizemos uma atualização no material, para a informação correta.
Portaria que regulamenta visitação foi assinada dia 13/09 em São Sebastião com a presença de ministros do MMA e Defesa, e do presidente do ICMBio.
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) abre para visitação pública mais uma Unidade de Conservação federal, desta vez fortalecendo o ecoturismo na região do litoral norte de São Paulo.
Pouco conhecido e dotado de potencial turístico, o Refúgio de Vida Silvestre do Arquipélago de Alcatrazes, localizado em São Sebastião/SP, será aberto para a visitação contemplando atividades de mergulho recreativo, visita embarcada e outros eventos náuticos. Para isso, foi assinado no dia 13/09, na Delegacia da Capitania dos Portos em São Sebastião/SP, a Portaria de Autorização para Visitação em Alcatrazes.
A solenidade contou com a presença dos ministros do Meio Ambiente, Sarney Filho, da Defesa, Raul Jungmann, do presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ricardo Soavinski, e da diretora do SOS Mata Atlântica, Márcia Hirota, pois além da abertura da visitação também foi formalizada uma parceria entre o ICMBio e a fundação, no sentido de oferecer apoio à gestão do Núcleo de Gestão Integrada do Arquipélago de Alcatrazes (arranjo organizacional responsável pela gestão do Refúgio de Alcatrazes e da Estação Ecológica Tupinambás). A partir da assinatura da portaria, empresas de turismo e profissionais autônomos interessados que atenderem aos pré-requisitos estabelecidos no documento poderão se cadastrar para prestarem serviços de visitação no Refúgio de Alcatrazes.
‘’Essa é uma antiga reivindicação de vários setores locais, que possibilita a apropriação e a valorização pela sociedade desse importante patrimônio natural”, argumenta a chefe do Núcleo de Gestão Integrada ICMBio Alcatrazes, Kelen Luciana Leite.
A criação do Refúgio de Alcatrazes representa o fortalecimento do ecoturismo no litoral de São Paulo, em especial para os municípios de São Sebastião, Ilhabela, Caraguatatuba, Ubatuba, Bertioga, Guarujá, São Vicente e Santos, que juntos possuem uma expressiva frota de embarcações de esporte e recreio
A demanda por visitação ao Arquipélago de Alcatrazes é histórica, remonta à década de 90, quando foram iniciadas ações em prol da criação do Parque Nacional Marinho dos Alcatrazes, que propunha o aumento da área marinha protegida e a implantação do ecoturismo como opção para o desenvolvimento sustentável regional. Apesar da expectativa para o turismo no arquipélago, atividades com esta finalidade nunca ocorreram devido a restrições relativas à Estação Ecológica (Esec) Tupinambás (categoria de unidade de conservação que não permite a visitação pública) em algumas áreas, bem como por determinação da Marinha do Brasil, que em função de seus exercícios militares (que atualmente ocorrem na ilha da Sapata), interditou a navegação na região de 1998 até 2008.
A solenidade também marcou o aniversário de um ano do Refúgio de Vida Silvestre do Arquipélago de Alcatrazes, criado em 02 de agosto de 2016. Neste período, os servidores da UC elaboraram alguns dentre seus principais instrumentos de planejamento, a exemplo o Plano de Manejo e do Plano de Uso Público, regulamentando uma série de questões relacionadas à implementação da visitação pública, tendo como fator primordial a manutenção de seus ecossistemas com características e grau de conservação originais.
Nas duas unidades que integram o Núcleo de Gestão Integrada ICMBio Alcatrazes foram registradas 1.300 espécies, sendo que 93 delas estão sob algum grau de ameaça de extinção. Além das ameaçadas, o arquipélago dos Alcatrazes abriga espécies endêmicas, e possui a fauna recifal mais conservada e biodiversa do Sudeste e Sul do Brasil, sendo também área de reprodução e crescimento de espécies de valor comercial para o setor pesqueiro. Regionalmente é reconhecido como patrimônio natural, referência de paisagem para a população, além de abrigar sítios arqueológicos e importante patrimônio histórico.
Abriga também um dos maiores ninhais do país com nidificação de fragatas, atobás e gaivotões. Estão protegidas em Alcatrazes 259 espécies de peixes, destacando-se a garoupa, o tubarão-martelo, entre outras, e ocorre ainda presença considerável da-tartaruga-de-pente e da tartaruga-verde, ambas ameaçadas de extinção. Na região há intensa ocorrência de baleias e golfinhos, sendo ao todo 10 espécies registradas para o arquipélago. A vegetação do arquipélago é caracterizada por áreas de mata atlântica e campos rupestres, e já foram encontradas 320 espécies de flora. Além de exuberante beleza e expressiva biodiversidade, o arquipélago de Alcatrazes faz parte do patrimônio arqueológico, histórico e cultural da região. Os paredões graníticos de 316 metros de altura no meio do oceano impressionam os navegantes por sua beleza, e suas águas com boa visibilidade e grande quantidade de vida marinha são um convite ao mergulho contemplativo.
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