PRATICAGEM LANÇA SIMULADOR DE PADRÃO MUNDIAL EM BRASÍLIA

10:47



A Praticagem do Brasil inaugurou, na terça-feira (14/12), em Brasília, um centro de simulações de padrão mundial, que incorpora diversas facilidades de engenharia para avaliação de projetos aquaviários e portuários, além dos recursos para treinamento dos práticos. O espaço oferece o que há de mais moderno em simulador de passadiço para manobras de navios e foi implantado em parceria com o Tanque de Provas Numérico da Universidade de São Paulo (TPN-USP), referência internacional nesse tipo de tecnologia. O evento reuniu práticos de todo o Brasil, autoridades marítimas e portuárias, representantes da indústria do shipping e membros do Executivo e do Legislativo.  

Implantamos este instituto aqui, no Planalto Central, com o objetivo de aproximar esta importante ferramenta de estudos das autoridades que decidem sobre os projetos aquaviários e portuários no Brasil. Em especial, a Marinha do Brasil, o Ministério da Infraestrutura, a Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) e o Congresso Nacional. Essa proximidade trará mais agilidade e assertividade na avaliação de acessos aquaviários, implantação de novos terminais e operação com embarcações maiores. Todos esses estudos para validação de projetos contam com a participação de práticos, em função da nossa expertise na condução dos navios em áreas restritas e do conhecimento que temos dessas águas – afirmou o presidente da Praticagem do Brasil, prático Ricardo Falcão.

O centro de treinamento e avaliação aquaviária está instalado a poucos minutos da Praça dos Três Poderes. Além do acompanhamento técnico de projetos pelas entidades reguladoras das atividades marítimas e portuárias, a localização favorece a vinda para treinamento de práticos das 21 zonas de praticagem brasileiras.

– Essa iniciativa vai ao encontro daquilo que a Marinha prega: a segurança da navegação. Ao visitar o simulador, eu vi um equipamento de ponta que será importante para a reciclagem dos práticos e o aprimoramento de cada manobra realizada, trazendo agilidade e eficiência nas operações. Isso certamente vai fazer da nossa praticagem mais segura do que ela já é – disse o diretor geral de Navegação da Marinha, almirante de esquadra Wladmilson Borges de Aguiar, que aproveitou para parabenizar os práticos pela resiliência na pandemia.

O campo de visão do passadiço, de aproximadamente 290 graus, é formado por 14 telas de 65 polegadas, sendo três traseiras. O modelo matemático, o mesmo adotado no TPN-USP, reproduz fielmente a ação de ondas, ventos, correntes e marés, além de efeitos hidrodinâmicos que afetam a manobrabilidade das embarcações. O professor Eduardo Tannuri, responsável técnico pelo projeto, destacou a parceria de mais de dez anos com Praticagem do Brasil, que já contribuiu para formar mais de 20 mestres e doutores:

– Adotamos a solução de telas verticais, em linha com os novos simuladores do mundo. Estamos no estado da arte em ambientação e realismo das manobras. Esse é mais um passo de muitos outros que virão com o termo de cooperação que assinamos.

As instalações permitem simular com precisão qualquer tipo de manobra, além de situações específicas que não são possíveis no dia a dia, pelo risco envolvido. Também podem ser simuladas operações como aumento no porte de embarcações, novas rotas fluviais e implantação de terminais marítimos. O espaço vai receber ainda mais um simulador parecido, com mais inovações, e outro que simula a ação dos rebocadores que auxiliam os práticos nas manobras. Também está previsto um verdadeiro big data com informações e imagens em tempo real das praticagens espalhadas em todo o país.

 O presidente da Associação Internacional de Práticos Marítimos (IMPA), prático Simon Pelletier, veio do Canadá para prestigiar a inauguração e afirmou não conhecer muitas iniciativas como essa ao redor do mundo:

 – Não há muitas associações de práticos que tenham desenvolvido um centro como esse. O que se fez aqui no Brasil é algo realmente impressionante. Um nível de profissionalismo que merece ser reconhecido.

Para o diretor da Antaq, Adalberto Tokarski, a praticagem, ao prover mais simuladores, contribui para o treinamento, a segurança da navegação e para que os projetos no Brasil avancem mais rapidamente:

Quanto mais instituições sérias possam oferecer essas ferramentas ganha a sociedade portuária e de navegação.

O diretor-presidente da Santos Port Authority (SPA), Fernando Biral, reforçou a importância das ferramentas de simulação diante da tendência de aumento do tamanho das embarcações. O Porto de Santos, inclusive, já foi homologado para receber os contêineros de 366 metros de comprimento:

– Alguns canais de acesso aquaviários no Brasil não são tão propícios à navegação dessas grandes embarcações. Muitas das manobras realizadas no canal de Santos, por exemplo, são complexas e precisam ser simuladas e estudadas para se tornar seguras.

O senador Lucas Barreto lembrou que o seu estado, o Amapá, poderá receber navios da classe New Panamax, com 105 mil toneladas de carga, graças a simulações realizadas em 2020 no TPN-USP. Segundo ele, o trabalho e os investimentos da praticagem são fundamentais para a preservação da Amazônia:

– Esse equipamento que se inaugura hoje é tão importante quanto a atuação da praticagem. Com esses navios maiores, mais do que nunca precisamos dos práticos e da Marinha cuidando do meio ambiente. Um acidente na foz do Rio Amazonas, por exemplo, seria uma catástrofe ambiental no maior estuário do mundo.

O deputado federal Doutor Jaziel (CE) ficou impressionado com o que viu:

Eu ouvia falar da praticagem. A gente sabe que existe essa categoria de pessoas que fazem esse trabalho e levam nossas riquezas para o exterior e para dentro do nosso próprio país. Mas isso aqui é uma coisa muito grandiosa. Saio com a certeza de que é muito maior do que eu pensava. A gente não tem esse conhecimento das entrelinhas da praticagem, mas já posso entender que é algo extremamente responsável, que se faz com segurança, tecnologia e abnegação. Vejo um verdadeiro laboratório associado com a melhor universidade do país, que traz para cá uma maneira de preparar e reciclar pessoas para exercer essa tão nobre profissão.

O ex-deputado federal Luiz Carlos Hauly (PR), por sua vez, ressaltou a importância da praticagem ao longo da história para a economia do país:

– A praticagem é uma categoria profissional de elite regulamentada há mais de 200 anos. Na medida que o Brasil cresceu, a atividade sempre esteve presente ajudando na movimentação das nossas importações e exportações.

De manhã, antes da cerimônia, o centro de simulações de manobras do Instituto Praticagem do Brasil ainda foi palco do lançamento dos livros do professor Edson Mesquita, precursor dos simuladores no Brasil. "A manobrabilidade do navio no século 21” e “Princípios de hidrodinâmica e a ação das ondas - sobre o movimento do navio” atraíram dezenas de convidados para a sessão de autógrafos.

 

PRATICAGEM DO BRASIL INAUGURA CENTRO DE SIMULAÇÕES EM BRASÍLIA

09:20

 Simulador de passadiço permite simular manobras de navios em todos os portos, além de avaliar a segurança e eficiência de novos projetos e operações portuárias


A Praticagem do Brasil inaugura, na terça-feira (14/12), o seu centro de simulações de manobras em Brasília. 
O espaço oferece o que há de mais moderno em simulador de passadiço para manobras de navios e foi implantado em parceria com o Tanque de Provas Numérico da Universidade de São Paulo (TPN-USP), referência internacional em simulações.

O centro de treinamento e avaliação aquaviária está instalado a poucos minutos da Praça dos Três Poderes. A localização favorece a vinda para treinamento de práticos de todo o Brasil, além do acompanhamento técnico de projetos pelas entidades reguladoras das atividades marítimas e portuárias, como a Marinha do Brasil, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e o Ministério da Infraestrutura.

O campo de visão do passadiço, de aproximadamente 290 graus, é formado por 14 telas de 65 polegadas, sendo três traseiras. O modelo matemático, o mesmo adotado no TPN-USP, reproduz fielmente a ação de ondas, ventos, correntes e marés, além de efeitos hidrodinâmicos que afetam a manobrabilidade das embarcações.

– Adotamos a solução de telas verticais, em linha com os novos simuladores do mundo. Estamos no estado da arte em ambientação e realismo das manobras – diz o professor Eduardo Tannuri, do TPN-USP, responsável técnico pelo projeto.

As facilidades permitem simular com precisão qualquer tipo de manobra, além de situações específicas que não são possíveis no dia a dia, pelo risco envolvido. Também podem ser simuladas operações como aumento no porte de embarcações, novas rotas fluviais e implantação de terminais marítimos. Todos esses estudos para validação de projetos contam com a participação de práticosem função da sua expertise na condução e manobra de navios em áreas restritas e do conhecimento das características das águas em que atuam.

– Fomos além de um simples centro de treinamento, oferecendo facilidades de engenharia que permitem avaliar acessos aquaviários, implantação de novos terminais e operação com navios maiores. Este conceito, de estar próximo das autoridades que decidem sobre os projetos, é único no mundo e certamente trará mais agilidade, como na concessão de um terminal. Quando você está dentro de um simulador, vendo a praticagem manobrar, é muito mais fácil enxergar como melhorar o desempenho operacional de um porto sem abrir mão da segurança, e debater as melhores opções. Certamente, teremos discussões de alto nível em prol do desenvolvimento portuário – afirma o presidente da Praticagem do Brasil, prático Ricardo Falcão.

Assessoria de Communicação CONAPRA


Homenagem na Praticagem de São Sebastião

11:05

Três funcionários da Praticagem de São Sebastião foram homenageados por terem participado da operação realizada em abril de 2019 para fundear em segurança dois petroleiros carregados e atrelados um ao outro por cabos de aço, que estavam à deriva no Canal de São Sebastião.

A noite de dia 28 de abril de 2019 ficou para a história. Depois de seis horas de um trabalho cuidadoso e realizado com muita eficiência, os práticos Márcio Teixeira e Fábio Abreu conseguiram evitar um grave acidente com os dois petroleiros da classe Suezmax carregados de óleo.

Eles fundearam em segurança os navios atrelados um ao outro por cabos de aço, que estavam à deriva no Canal de São Sebastião, no meio de uma enorme tempestade com ventos de mais de 130 km/hora e ondas de quase dois metros. Pela operação realizada no Terminal Almirante Barroso, no Porto de São Sebastião, os práticos receberam o Prêmio IMO por Bravura Excepcional no Mar, da Organização Marítima Internacional, considerado o de mais alto reconhecimento mundial.

Só que naquela noite, outros três profissionais da Praticagem participaram ativamente da operação em que os dois práticos controlaram os navios levados pela força do vento e das correntes marítimas e que rumavam perigosamente para Ilhabela, colocando em risco seus moradores e o meio ambiente: o operador do CO Sidney Cirilo dos Santos, o mestre de lancha Sandro Carvalho de Santana e o marinheiro de lancha Rodrigo Lourdes do Nascimento, que garantiram o embarque seguro para os dois práticos.

Por essa ação nesta manhã de segunda eles foram homenageados e receberam placas comemorativas entregues por Lélio Console, Presidente da Praticagem de São Sebastião, em cerimônia realizada na sede da Delegacia da Capitania dos Portos em São Sebastião: “Nosso trabalho é realizado em equipe e eles também contribuíram também com presteza, coragem e determinação para o sucesso dessa operação arriscada. Essa homenagem é uma forma de valorizar o trabalho tão importante desses profissionais para a excelência do serviço de praticagem”, disse Lélio.

Também participaram da cerimônia o Gerente da Praticagem de São Sebastião Álvaro Adrião Cassese Cunha, o Delegado da Delegacia da Capitania dos Portos em São Sebastião CMG Adriano e o ajudante da Delegacia da Capitania dos Portos em São Sebastião CC Brito.

 Como foi o acidente

 No dia 28 de abril de 2019, os práticos Márcio e Abreu foram alertados pelo gerente do Terminal que, devido a rajadas de vento inéditas de até 70 nós, os cabos de amarração de dois petroleiros atracados em operação navio a navio estavam partindo. Com pouca visibilidade, causada por fortes chuvas e ondas altas no canal, os dois práticos embarcaram na lancha da Praticagem para tentar chegar aos petroleiros, quando perceberam que os navios já estavam à deriva.

 Em condições bastante desafiadoras, Márcio conseguiu embarcar no navio-tanque Rio 2016 e Abreu no Milton Santos, onde encontraram a tripulação bastante apreensiva. Inicialmente ele se informou sobre a situação crítica para planejar a melhor abordagem, uma vez que os dois navios ainda estavam conectados por mangueiras de óleo e cabos de amarração e derivando para a região de Ilhabela.

Os dois práticos manobraram cuidadosamente o Milton Santos para longe do Rio 2016 com o auxílio de rebocadores e, após quase seis horas estressantes, o navio finalmente também largou a âncora.


 


Reator nuclear pode tornar Brasil autossuficiente em radiofármacos

14:23

Empreendimento reduzirá riscos de desabastecimento e custos dos medicamentos, além de ampliar o acesso dos brasileiros à medicina nuclear

O Brasil deverá tornar-se autossuficiente na produção de radiofármacos para o diagnóstico por imagens e tratamento de câncer e outras doenças com o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), cujo projeto detalhado acaba de ser concluído pela Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. (Amazul) e pela empresa argentina Invap, dentro do convênio de parceria técnica com a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen). 


O RMB é um reator nuclear de pesquisa que tem como uma de suas finalidades a produção de radioisótopos, que são o insumo para radiofármacos utilizados na medicina nuclear. 




A tecnologia nuclear é usada na cardiologia, oncologia, hematologia e neurologia, principalmente. Os radiofármacos permitem realizar diagnósticos precisos de doenças e complicações como embolia pulmonar, infecções agudas, infarto do miocárdio, obstruções renais e demências, entre outros. A medicina nuclear é a maneira mais eficiente de detectar o câncer, pois define o tipo e a extensão de tumor no organismo, o que ajuda a decisão sobre qual o tratamento mais indicado para cada caso. 


Atualmente, o Brasil compra os insumos da Rússia, África do Sul e Países Baixos. Para atender à demanda anual de cerca de 2 milhões de procedimentos em medicina nuclear, o país gasta cerca de US$ 15 milhões (cerca de R$ 82,6 milhões) em radioisótopos que são processados e enviados a 430 hospitais e clínicas brasileiras.


Orçado em cerca de US$ 500 milhões, o RMB é um empreendimento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, gerido pela Cnen, em parceria técnica da Amazul. Para a construção do complexo do RMB já existe área de 2 milhões de metros quadrados adjacente ao Centro Industrial e Nuclear Aramar, no município de Iperó, no interior de São Paulo. Do total, 1,2 milhão de metros quadrados foram cedidos pela Marinha do Brasil e o restante por meio de desapropriação realizada pelo governo do Estado de São Paulo.


O empreendimento já obteve a aprovação das licenças ambientais para o início das obras e atualmente estão sendo executados planos socioambientais preliminares.



Importância do empreendimento


O projeto de engenharia de detalhamento do RMB inclui, além do reator propriamente dito, as estruturas, sistemas e componentes do complexo que abrange prédios e outras instalações. Devido à complexidade do empreendimento, o trabalho envolveu a elaboração de 3.842 documentos pela Amazul e a verificação de outros 5.348 elaborados pela argentina Invap, responsável pelo projeto relativo ao prédio do reator.


Para a realização do projeto, foi fundamental a expertise da Amazul em 13 áreas de conhecimento de engenharia em geral e sete de tecnologia nuclear, além da alta qualificação de seus profissionais.


Nessa etapa, foram liberados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, por meio da Finep – Financiadora de Estudos e Projetos, recursos da ordem de R$ 150 milhões. Os responsáveis pelo empreendimento estão realizando gestões para a obtenção de recursos para o início das obras de construção.


Com o RMB, o País sairá da condição de importador de radioisótopos para uma maior autonomia e eventual posição de exportador, além de se tornar um polo de desenvolvimento de novos radiofármacos de interesse nacional.


O Brasil tem quatro reatores nucleares de pesquisa dedicados a atividades diversas como pesquisa básica e tecnológica, produção de radioisótopos, testes de combustível nuclear e desenvolvimento de novos materiais, dentre outras aplicações. 


Os radioisótopos são produzidos em maior escala apenas pelo reator IEA-R1, com potência máxima de 5 megawatts (MW), instalado no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, localizado no campus da Universidade de São Paulo (USP), na capital paulista. Segundo José Augusto Perrotta, coordenador-técnico do projeto do RMB, esse reator não tem capacidade para produzir em escala o molibdênio-99, radioisótopo que dá origem ao radiofármaco tecnécio-99m, empregado em 80% dos procedimentos de medicina nuclear realizados no país.


O RMB, de 30 MW, é um reator nuclear mais potente e com maior espectro de aplicações que o do Ipen. Além de radioisótopos, produzirá traçadores que são usados em pesquisas em agricultura, indústria, proteção do meio ambiente e biologia. Permitirá, por exemplo, a realização de testes de materiais e combustíveis nucleares para reatores de potência, utilização de feixes de nêutrons para pesquisa científica e tecnológica e em diversos campos da ciência, análise por ativação neutrônica, além de treinamento de pessoal para manutenção e operação de reatores de potência. Essas tecnologias permitem, por exemplo, testar materiais, localizar fissuras em superfícies como asas de avião ou verificar a quantidade de agrotóxicos contida em alimentos.

"É o grande projeto estruturante da ciência e tecnologia nuclear no país", diz Madison Coelho de Almeida, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Cnen.


Fonte: Amazul - assessoria


Centro de Hidrografia da Marinha inaugura servidor de cálculos de alto desempenho

13:50


No dia 24, foi inaugurado, no Centro de Hidrografia da Marinha (CHM), em Niterói (RJ), o novo servidor de cálculos de alto desempenho, Apollo K6000, fabricado pela Hewlett Packard Enterprise (HPE) e custeado por uma parceria firmada entre a Marinha – por intermédio do Comando de Operações Navais e o CHM – e as empresas Shell Brasil Petróleo Ltda e Prooceano.
 
O servidor tem a finalidade de fornecer informações meteoceanográficas que alimentarão o Sistema de Planejamento e Apoio à decisão em Operações de Busca e Salvamento no mar, além de otimizar o tempo de processamento, aumentar as resoluções espaciais e desenvolver os modelos numéricos da Divisão de Previsão Numérica do CHM.

O supercomputador possui recursos capazes de rodar as versões atuais dos modelos atmosféricos e oceanográficos utilizando menos da metade do tempo, e gerar mais de 60 mil produtos fornecidos às comissões do Poder Naval, ao longo do ano, além de outros milhares de campos diários com prognósticos, em apoio ao Serviço Meteorológico Marinho e aos usuários em geral.
 
O K6000 contribuirá para o aumento da segurança da navegação, bem como no cumprimento das responsabilidades do Brasil relacionadas à salvaguarda da vida humana no mar perante a comunidade marítima.

Fonte: Centro de Comunicação Social da Marinha

BR DO MAR TRAZ SEGURANÇA JURÍDICA À ATIVIDADE DE PRATICAGEM

12:03

Após ampla discussão, o Senado aprovou o projeto de lei do governo federal de incentivo à cabotagem, batizado de BR do Mar (PL 4199/2020). Foram acolhidas duas emendas do senador Lucas Barreto (PSD/AP) que dão mais respaldo ao controle da praticagem pela Marinha, evitando a judicialização do modelo de atividade brasileiro, que é referência mundial em segurança da navegação. O projeto retorna agora para apreciação da Câmara dos Deputados.

Uma das emendas insere na Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário (Lei 9537/1997) critérios técnicos de segurança hoje restritos às Normas da Autoridade Marítima para o Serviço de Praticagem (NORMAM-12/DPC), conferindo, portanto, um status legal a uma regulamentação infralegal da Marinha.

A emenda estabelece a obrigatoriedade do serviço de praticagem para embarcações a partir de 500 toneladas de porte, mas que a Autoridade Marítima poderá conceder certificado de isenção de praticagem a comandantes brasileiros de navios de bandeira brasileira de até cem metros de comprimento; parâmetro adotado internacionalmente. Atualmente, a Marinha concede isenções de praticagem para embarcações de até cinco mil toneladas de porte.

Essa emenda insere ainda na lei a escala de rodízio única de trabalho, presente na NORMAM-12 e que impede a contratação direta de prático, obrigando o dono do navio a usar o serviço do profissional da vez na escala. O sistema também é consagrado mundialmente por garantir autonomia para a tomada de decisão do prático, sem pressões comerciais do dono da embarcação. Ao mesmo tempo, a escala assegura que o prático não vai trabalhar demais, a ponto de ficar fadigado, nem de menos, podendo perder experiência e comprometer a segurança da navegação.

A emenda também deixa mais claro na lei quando a Marinha pode fixar o preço do serviço: em caráter temporário, por até 12 meses, para assegurar o atendimento nos casos em que não houver acordo na negociação com os donos do navio, entendimento pacificado no Supremo Tribunal Federal (STF) após dezenas de ações judiciais.

A outra emenda do parlamentar aprovada pelos senadores suprimiu do projeto o artigo 11, inciso II, que dizia que “são direitos das embarcações estrangeiras afretadas a observância às mesmas condições comerciais para a prestação dos serviços de praticagem e dos serviços de apoio portuário”. Segundo o senador, o texto traria insegurança jurídica e risco para a navegação, pois haveria margem para interpretação de que comandantes de navios estrangeiros poderiam ser habilitados para dispensa de prático, algo hoje previsto somente para comandantes de embarcações de bandeira brasileira de determinado porte, ainda assim sob certas condições.

“A qualidade da praticagem em nosso país é reconhecida por todos os usuários do serviço e sua adequada prestação é essencial para garantir a segurança da navegação e evitar danos ao meio ambiente, mas usuários e prestadores (do serviço) ainda carecem de segurança jurídica e estabilidade regulatória”, justificou o senador Lucas Barreto.



RICARDO FALCÃO É RECONDUZIDO À PRESIDÊNCIA DA PRATICAGEM

16:24

O prático Ricardo Falcão, da Zona de Praticagem 1 (Fazendinha-AP/Itacoatiara-AM), foi reconduzido por unanimidade para novo mandato de dois anos à frente do Conselho Nacional de Praticagem. O prático Bruno Fonseca, da ZP 5 (Ceará), foi eleito vice-presidente na mesma chapa para o biênio 2022–2023.

A assembleia, realizada no dia 4 de novembro no Rio de Janeiro, também confirmou os nomes da próxima Diretoria Executiva da entidade. O prático Marcio Fausto, da ZP 18 (São Francisco do Sul-SC), será o diretor técnico. Já o prático Marcello Camarinha, da ZP 15 (Rio de Janeiro), assumirá como diretor administrativo, enquanto o prático Marcos Martinelli, da ZP 3 (Pará), será o diretor financeiro.

Para o Conselho Fiscal, foram eleitos os práticos Alessandro Schmidt, da ZP 9 (Pernambuco); Everton Schmidt, da ZP 15 (RJ); e Ivan Ricci, da ZP 19 (Rio Grande-RS). Os suplentes serão os práticos Porthos Lima, da ZP 15; Siegberto Schenk, também da ZP 15; e João Bosco, da ZP 19.

Os eleitos tomarão posse em 6 de janeiro de 2022. A cerimônia ainda será marcada.

Fonte: Assessoria CONAPRA