PRATICAGEM DO BRASIL ENCERRA PARTICIPAÇÃO NO BRASIL EXPORT

14:56

A Praticagem do Brasil encerrou, em Brasília, a sua participação na edição 2021 do Fórum Nacional de Logística e Infraestrutura Portuária — Brasil Export. O presidente do Conselho Nacional de Praticagem e conselheiro nacional do Brasil Export, prático Ricardo Falcão, conduziu, na quarta-feira (29/9), o último painel do evento: “Desafios logísticos e de infraestrutura no Brasil para o setor produtivo”. A falta de uma política setorial, de logística complementar aos portos e de antecipação aos investimentos foi apontada pelos debatedores como um dos principais gargalos para avanço do segmento.

Prático na Amazônia, Falcão citou como exemplo a ausência de manutenção no Rio Jari:– Temos uma fábrica de celulose na região onde operavam cerca de 20 navios com até 10,50 metros de calado, mas a dragagem deixou de ser feita e atualmente as embarcações não carregam mais que 7,30 metros.

O diretor de Relações Governamentais da Cargill, Clythio Backx van Buggenhout, disse que, apesar dos esforços governamentais recentes, o Brasil está sempre correndo atrás da demanda. Ele mencionou o projeto da Ferrogrão, ferrovia planejada para ligar a produção do agronegócio do Centro-Oeste às margens do Rio Tapajós:

– A Ferrogrão tem a demanda posta e ainda assim se debate se a duplicação da estrada seria mais sustentável do que fazer a ferrovia.

Para o diretor-presidente da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP), Murillo Barbosa, falta uma política clara para o setor:

– Hoje, por exemplo, vamos atrás da Ferrogrão porque não tivemos uma política de hidrovias implantada.

A gerente executiva de Planejamento, Inteligência de Negócios e Performance da Suzano, Silvia Krueger Pela, lamentou que o país não se antecipe às necessidades:

– Infelizmente, a logística vem sempre depois. Ter esse timing coordenado é o principal ponto para viabilizar novos investimentos.

Já na área de remessas e entrega de encomendas, a presidente da UPS Brasil, Nadir Moreno, considera que o grande desafio é fazer a mercadoria chegar no menor tempo e custo possíveis:

– Estamos longe do equilíbrio para entregar com eficiência e menor custo.

Também representaram a Praticagem do Brasil nos dois dias do Brasil Export, em Brasília, o diretor do Conapra e conselheiro do Sul Export, prático João Bosco; o secretário executivo do Conapra e conselheiro do Sudeste Export, Arionor Souza; o presidente da Praticagem de São Paulo e conselheiro do Santos Export, prático Bruno Tavares; o prático de SP, Gardel Rodrigues; e o gerente da Praticagem de SP, Alexandre Canhetti.

Fonte: CONAPRA

Impactos no meio ambiente podem ser causados por empreendimentos urbanos

10:10

Os professores Alexander Turra e Fábio Mariz Gonçalves falam sobre os impactos ambientais causados por intervenções urbanas, como, por exemplo, aquela que acontece hoje no Balneário Camboriú

Nas redes sociais, chamou a atenção uma imagem da praia do Balneário Camboriú, município localizado no Estado de Santa Catarina. Em uma foto aérea, era possível observar um grande campo de areia que se estendia sobre o mar, e não o contrário, como acontece usualmente. A presença das máquinas ao redor do campo indicavam que ali acontecia mais uma intervenção humana em um ambiente natural.


O Balneário Camboriú passa por um processo de “engordamento de praia”. Em outras palavras, está se buscando o aumento espacial da faixa de areia. Com isso, o objetivo é também combater a erosão costeira, nome dado ao processo em que a praia perde mais sedimentos do que recebe. Para isso, se retira e transporta areia do fundo do mar. Por ser um ambiente inconsolidado, a areia retirada é reposta pelo movimento do mar.


Entretanto, tem impactos que são inerentes e inevitáveis, especialmente quando você fala de um procedimento como esse”, analisa o professor Alexander Turra, do Instituto Oceanográfico (IO) da USP. A areia do fundo do mar, por exemplo, é retirada por uma draga, em um processo que pode impactar negativamente a biodiversidade local. Além disso, “na praia existente vai ser jogado sedimento. Esse sedimento também vai matar os organismos que estão ali, que vão ser sufocados”, explica Turra.


Na obra do Balneário Camboriú, a draga utilizada pode extrair, por dia, cerca de 40 mil metros cúbicos de areia, a uma distância de 15 quilômetros da costa. O material retirado é transportado via 360 tubos.


A história das mudanças ambientais

Mudanças como aquelas promovidas em faixas de areias de grandes cidades litorâneas não são novidade. “Transformar a paisagem e o meio natural é um fenômeno tão antigo quanto a cidade”, afirma o professor Fábio Mariz Gonçalves, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP, lembrando de exemplos mais antigos como o do Rio de Janeiro.


As atividades humanas deixam rastros no oceano, no ambiente terrestre, na atmosfera e até no espaço. A “pegada” dessa espécie é tamanha que já entrou diretamente no estudo de especialistas: “Um termo que busca compilar esse entendimento do efeito do ser humano em transformar o meio ambiente é denominado ‘antropoceno’”, explica Turra.


O Antropoceno corresponde à era geológica na qual o sinal da atividade humana já está sendo inequívoco, chegando a ser registrado em rochas sedimentares, por exemplo. “Se a gente imaginar uma pessoa daqui a milhões de anos fazendo um buraco no fundo do mar para estudar a rocha sedimentar, ela vai ver uma marcação muito forte que vai denominar esse período em que a gente foi meio atrapalhado no uso dos recursos”, exemplifica Turra.

Conflito de interesses


Além de atenuar a erosão costeira, a intervenção em Balneário Camboriú procura contornar o efeito de uma atividade causada, desta vez, pelo homem: a dos prédios. A grande concentração de arranha-céus na orla marítima traz um impacto fatal para o  aproveitamento das praias, principalmente em termos de lazer e turismo, que é o seu sombreamento. Já foi relatado que, com a sombra dos prédios, a praia se torna mais fria e escura. 


Para se ter uma ideia, em 2013, as torres do Villa Serena, ambas com 49 andares e 159 metros de altura, eram os edifícios residenciais mais altos de Camboriú e do Brasil. Em 2020, elas não ocupavam sequer a lista dos dez edifícios mais altos da cidade.


A solução para contornar o sombreamento foi uma nova intervenção na natureza, com o alargamento da praia, uma demanda antiga – em 2001, um referendo mostrou que 71% dos eleitores apoiavam medidas que incluíam o alargamento da faixa de areia. As obras, que devem terminar em novembro, já mexem nos preços de imóveis da região. O Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Santa Catarina (Creci/SC) apontou que o preço do metro quadrado da cidade já está subindo.


“Para as cidades brasileiras, morar de frente para o mar é um privilégio caro. Isso para o mercado tem um valor imenso que gera edifícios de alto padrão e de gabarito muito alto. Ao mesmo tempo que você vende aquela paisagem, você a destrói”, afirma o professor Mariz. Para ele, está cada vez mais difícil alinhar o desenvolvimento sustentável de cidades aos interesses do mercado imobiliário.


Licenciamento ambiental

Nem sempre fica claro, mas, no Brasil, existem instrumentos institucionais para sondar e até mesmo atenuar impactos ambientais de empreendimentos humanos. Um dos mais reconhecidos é o licenciamento ambiental. A ferramenta legislativa em questão é responsável por definir a liberação, ou não, de determinados empreendimentos. Assim, busca-se proteger o meio ambiente e os biomas brasileiros.


“O licenciamento ambiental salva vidas. Ele é fundamental”, afirma Turra. Hoje, o professor do IO identifica que é preciso investimento nos órgãos responsáveis pelo licenciamento, com a formação de equipes qualificadas e garantia de independência dos analistas, por exemplo. Vale lembrar que o equilíbrio ecológico, também visado pelo licenciamento, é previsto na Constituição Federal, no artigo 225.


Um dos potenciais de melhoria do licenciamento ambiental apontado por especialistas são os procedimentos pós-licenciamento. “Após a licença, o controle social é muito reduzido. Esse acompanhamento fica a cargo do órgão ambiental”, aponta Turra, lembrando de fragilidades nesse processo, como a redução de equipes, a pressão política pelo afrouxamento da licença, entre outras.


A falta de cuidado com o licenciamento ambiental pode ser fatal. Mariana e Brumadinho foram duas cidades de Minas Gerais afetadas por desastres causados por ação humana, no caso, o rompimento de barragens da Samarco e da Vale. O primeiro desastre aconteceu em 2015, matando 19 pessoas. O segundo matou 270 pessoas em 2019. Além das mortes, foram registrados desaparecimentos, destruição de lares e impactos ambientais irreversíveis.


A impunidade marcou esses dois episódios. “A nossa indústria da mineração é muito pouco responsável e nunca responsabilizada pela destruição que faz. O maior desastre ecológico deste século é o que foi feito no rio Doce (causado pelo rompimento de Mariana). Uma bacia inteira que foi de tal forma contaminada, envenenada, que nem em 500 anos a gente vai poder ver aquele rio respirar novamente”, afirma Mariz.


“Não podemos errar, é um planeta só. Temos que ser muito sábios e a avaliação de impacto ambiental nos ajuda a ter essa sabedoria para poder caminhar para esse futuro, que tem que ser bom para todos, sem deixar ninguém para trás”, conclui Turra.

Fonte: Jornal da USP


Curso de Bacharelado em Oceanografia do IOUSP - playlist no YouTube do IOUSP

16:27


O cardápio inclui informações gerais sobre o Curso, a estrutura dos Navios de pesquisa, o Museu Oceanográfico, a Coleção Biológica, o Banco de Microrganismos, além de depoimentos de professores, alunos e egressos, e os bate-papos que realizamos ao vivo recentemente.


Confira em: https://www.youtube.com/playlist?list=PLj7U80GWAI-7HkEhEtfg-ATIrv5rR-Wzg


Veja mais informações sobre todos os cursos no site oficial da Feira USP e as Profissões 2021: https://uspprofissoes.usp.br

Fonte: CCEx-IOUSP

Capitania dos Portos do Rio Grande do Norte habilita aquaviários para atuar no setor de pesca industrial

15:54

 

Capitania dos Portos do Rio Grande do Norte (CPRN) realizou, no dia 2 de setembro, o encerramento do Curso de Formação de Aquaviários – Pescador Profissional Especializado (CFAQ-PEP).

 
Na ocasião, foram entregues as Cadernetas de Inscrição e Registro (CIR) aos 16 novos aquaviários que, a partir de agora, estarão habilitados a desempenhar, profissionalmente, funções a bordo de embarcações empregadas no setor da pesca industrial.
 
Durante o período do curso, foram transmitidos conhecimentos relacionados às atividades da pesca, informática, navegação, manobra de embarcações, meteorologia e oceanografia, arquitetura naval, manuseio e estivagem de carga, legislação marítima e ambiental, primeiros socorros, sistemas de propulsão e auxiliares, segurança no trabalho, prevenção e combate a incêndio, relações interpessoais, responsabilidades sociais e comunicações.

Fonte: CCSM

Convite da solenidade virtual de lançamento do livro digital Noções de Oceanografia

10:18

 


A Diretoria do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo, tem a honra de convidá-los para a cerimônia de lançamento do livro eletrônico Noções de Oceanografia , editado pelo Prof. Dr Joseph Harari, que acontecerá no dia 30 de agosto de 2021, às 18h30 pelo canal do IOUSP no YouTube. 

O livro eletrônico "Noções de Oceanografia" foi concebido a partir do Curso de Difusão Noções de Oceanografia, ministrado há 27 anos por docentes, pós-graduandos, pós-doutorandos e técnicos do Instituto Oceanográfico da USP, de forma voluntária, nas manhãs de domingo. Para nossa satisfação, o e-book que estamos lançando não se limitou ao conteúdo do curso. Outros pesquisadores e especialistas, não vinculados ao curso, também foram convidados a contribuir em suas áreas de expertise.

O empenho e dedicação dos 72 autores resultaram nesta obra bastante completa, abordando todas as áreas, conceitos e principais vertentes da oceanografia, com uma temática atual, linguagem acessível e em português. O  E-book ficará abrigado no site do IOUSP com acesso livre e gratuito aos interessados. Os seus 36 capítulos estão distribuídos em: Introdução, Oceanografia Física, Oceanografia Química, Oceanografia Geológica, Oceanografia Biológica, Oceanografia Aplicada e Perfil do Oceanógrafo.

Acreditamos que essa publicação será de grande utilidade para os estudantes de graduação e pós-graduação em Oceanografia e ciências afins, mas também será acessível ao público em geral, contribuindo para a divulgação e disseminação da cultura oceânica e conscientização da importância dos oceanos para o planeta e para a humanidade. O lançamento deste livro neste ano de 2021 tem um caráter bastante significativo e emblemático, pois estamos no início da Década das Nações Unidas da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento, ou resumidamente, a "Década do Oceano".

Saudações Oceanográficas,

Elisabete de Santis Braga da Graça Saraiva

Diretora do IOUSP

Joseph Harari

Editor-Chefe do livro Noções de Oceanografia 

www,youtube.com/c/iousp


Isaquias: “Prefiro ficar na canoagem, é mais sossegado”

19:44


Campeão olímpico no C1 1000 metros da canoagem velocidade, Isaquias Queiroz veio retribuir o apoio da Praticagem do Brasil, uma de suas patrocinadoras. Na quinta-feira (12/8), o atleta conheceu a estação e o simulador de manobras da praticagem no Rio de Janeiro e acompanhou um desembarque de práticos na Baía de Guanabara.

Acompanhado da mulher Laina Guimarães, ele foi recebido pelo vice-presidente do Conselho Nacional de Praticagem (Conapra), prático Otavio Fragoso, e pelo presidente e pelo vice da Praticagem do Rio de Janeiro, práticos Marcello Camarinha e Everton Schmidt, respectivamente.

Isaquias pôde simular uma manobra de navio no centro de simulações:

– Deu um pouquinho de enjoo. Estou tonto ainda… (risos) Mas foi uma experiência muito legal ver como é uma simulação de manobra. Pela internet, parecia um jogo, mas a sensação é real, não é fake.

Após a visita, o campeão embarcou em uma lancha de praticagem e assistiu ao desembarque de práticos de um navio porta-contêineres, sem perder seu bom-humor característico:

– Eu prefiro ficar na canoagem, é mais sossegado. (risos) É uma profissão bem perigosa, tem que ter bastante coragem. E olha que o mar não estava tão ruim. Nos dias piores, prefiro nem acompanhar…

Isaquias disse que a parceria com a praticagem abriu uma janela de conhecimento sobre a atividade, inclusive para ele:

– Muitas pessoas não sabem como é o trabalho de um prático. Até eu pensava que o comandante que traz o navio no alto-mar fazia a atracação, quando, na verdade, é uma pessoa especializada. Cada porto tem profundidades e correntes diferentes e exige uma pilotagem própria.

Quando essa parceria começou, ele tinha 55 mil seguidores no Instagram. Hoje, embalado pela conquista, ruma para os 600 mil, indo ao encontro do seu propósito de tornar a canoagem mais conhecida, assim como a praticagem:

– A Olimpíada mostrou que o cidadão brasileiro acabou criando um vínculo melhor com a canoagem. Isso deu mais visibilidade para o meu esporte e para a minha dedicação. Aonde vou todos falam que torceram muito por mim e que foi vibrante a minha vitória.

FONTE: Assessoria Comunicação CONAPRA

Fotos: Gustavo Stephan

Marinha resgata náufragos na Baía de Guanabara (RJ)

15:44

 

Tripulação da Lancha “Prumo de Mão”, da Diretoria-Geral de Navegação,
resgatou pescadores à deriva

A tripulação da Lancha “Prumo de Mão”, da Diretoria-Geral de Navegação, resgatou pescadores que se encontravam à deriva, após ouvir um pedido de socorro e avistar dois homens boiando na água, na noite de 9 de agosto, quando se deslocava para a Diretoria de Hidrografia e Navegação, na área central da Baía de Guanabara (RJ).

 A baleeira de pesca havia saído da localidade de Jurujuba, em Niterói (RJ), para realizar atividade de extração de mexilhões na laje da Feiticeira. Por ocasião de seu regresso, ao entardecer, emborcou, devido à entrada de água proveniente das ondulações geradas por uma outra embarcação que havia passado próximo a ela.

   Pescadores receberam atendimento médico na Policlínica Naval de Niterói



Os dois pescadores permaneceram na água por cerca de uma hora, até serem resgatados pela Lancha “Prumo de Mão”, sendo conduzidos para a Policlínica Naval de Niterói, onde receberam atendimento médico e hidratação.

Após os cuidados, e com a anuência médica, os pescadores receberam alta e uma viatura da Marinha os levou até as suas residências.