Aquecimento dos oceanos causa desequilíbrio em todo o Planeta

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Pesquisadores estão preocupados com as projeções para o futuro


O aquecimento dos oceanos alcançou o recorde de temperaturas em 2018, segundo cientistas chineses e americanos. Pesquisadores afirmam que as águas do Planeta atingiram as temperaturas mais altas dos últimos 60 anos.

O pesquisador Tito Monteiro da Cruz Lotufo, do Instituto Oceanográfico da USP, explica que o aquecimento global causado por atividade humana é apontado como o elemento principal nesse desequilíbrio e no rápido aumento da temperatura dos oceanos. 

Para Lotufo, as projeções para o futuro são dramáticas, já estão sendo observados problemas em diversos ecossistemas marinhos, principalmente nos recifes de corais, que dependem desse equilíbrio para sobreviverem. “Os mares estão perdendo um porcentual grande da sua diversidade, porque o coral é o hábitat de uma série de outros peixes e animais, e todo o ecossistema acaba sofrendo.” 

Além disso, outros aspectos da natureza são afetados. O pesquisador afirma que o aumento da frequência de tufões e da intensidade dos furacões também está associado a esse desequilíbrio, e afirma que os efeitos atingem questões muito sérias e que interferem no Planeta como um todo. 

Lotufo alerta que a importância está na ação coletiva e individual de todos para tentar reduzir as emissões de carbono. “Eu acho que não tem como reverter, mas tem como desacelerar e diminuir os efeitos desse processo. Mas uma reversão já não está mais na nossa escala imediata”, lamenta. 

Fonte: Jornal da USP

O pesquisador Tito Monteiro da Cruz Lotufo:
Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade de São Paulo (1993), mestrado em Ecologia pela Universidade de São Paulo (1997), doutorado em Ciências Biológicas (Zoologia) pela Universidade de São Paulo (2002) e Livre Docência em Oceanografia Biológica pela Universidade de São Paulo. Realizou estágio pos-doutoral entre 2009 e 2010 no Scripps Institution of Oceanography, University of California San Diego, EUA. Foi professor associado do Instituto de Ciências do Mar (LABOMAR) da Universidade Federal do Ceará entre 2002 e 2014. Atualmente é Professor Associado no Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Zoologia e Ecologia, com ênfase em Ecologia e Sistemática de Ascidiacea, atuando também nos seguintes temas: Biodiversidade, Ecologia Recifal e Peixes Recifais. 
(Fonte: Currículo Lattes)

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