Arquipélago dos Alcatrazes

14:50


Marinha do Brasil - Nota à Imprensa

A Marinha do Brasil (MB), fruto de seu permanente compromisso com a preservação do meio ambiente e após ter chegado a um consenso com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), está analisando a alteração do posicionamento da raia onde são realizados os exercícios de tiro, de forma a utilizar apenas a Ilha da Sapata, uma ilha menor, situada a nordeste da Ilha de Alcatrazes, no litoral de São Paulo. Tal reposicionamento contribuiria para a redução de eventual impacto ambiental, decorrente dessa atividade, que é considerada imprescindível para a consecução da destinação constitucional da MB – a defesa da Pátria.
Dessa forma, a Marinha não se opõe à criação do Parque Nacional Marinho de Alcatrazes, desde que a Ilha da Sapata seja mantida fora dos limites do futuro parque e sob a jurisdição da MB, a fim de que se possa dar continuidade aos exercícios.
Cabe ressaltar que a presença da Marinha do Brasil no Arquipélago de Alcatrazes tem, ainda, o potencial de dissuadir a presença e a atuação de depredadores, bem como a execução de outras atividades ilícitas no local. 

Fonte: CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA MARINHA
  
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                                    Mapa da ESEC Tupinambás

As Ilhas, Ilhotes e Lajes Litorâneas que compõem a Estação Ecológica Tupinambás têm como parte integrante, para os fins previstos no decreto, o entorno marinho de cada uma das ilhas, ilhotes e lajes, numa extensão de 01 (um) quilômetro a partir da rebentação das águas nos rochedos e praias; totalizando uma área de aproximadamente 2.445,20 hectares, incluindo ambiente terrestre e marinho. A única porção do Arquipélago dos Alcatrazes não inserida no decreto é a Ilha dos Alcatrazes (ilha principal), tendo, contudo, parte da mesma abrangida na referida extensão de 1 km contemplada pela legislação, sendo o restante considerado como entorno

A importância desta Estação Ecológica é inegável, pois constitui um notável laboratório natural para estudos evolutivos.
Dentre as estratégias de ação que buscam conciliar conflitos e assegurar a sustentabilidade ecológica, a ESEC Tupinambás elenca como prioridade a elaboração do Plano de Manejo com a participação da comunidade local, de representantes dos órgãos públicos das diversas esferas, dos Centros acadêmicos e de pesquisas, de Organizações Não-Governamentais e demais representantes de classes, em um processo dinâmico, interativo e participativo para a definição do que se quer de uma Unidade de Conservação Marinha, dentro dos limites e diretrizes legais estabelecendo efetivamente os programas de educação ambiental, de pesquisa e de conservação de ecossistemas insulares; além de divulgá-la e promovê-la dentro do contexto nacional de áreas protegidas.
O Arquipélago de Alcatrazes
Encontra-se protegido pela Resolução nº 40 de 06 de junho de 1985, da Secretaria do Estado da Cultura, que tombou a Serra do Mar e as Ilhas Costeiras.A Estação Ecológica Tupinambás abriga o maior ninhal de aves marinhas do Sudeste brasileiro, especialmente de Fragatas ou Tesourões (Fregata magnificens); Atobás (Sula leucogaster), que antigamente eram chamados de Alcatrazes, daí o nome do arquipélago; e Trinta-réis (Sterna sp). 
 Pesquisas também identificam em seu ecossistema, áreas de Mata Atlântica e espécies endêmicas, como, por exemplo, a Jararaca de Alcatraz (Bothrops sp), uma perereca (Scinax alcatraz) e a Rainha-do-abismo (Sinninngia insularis), vegetação típica de rochedo.

 Em suas águas ocorrem e se alimentam diversas espécies marinhas entre elas cinco espécies de tartarugas marinhas: a Tartaruga cabeçuda (Caretta caretta); Tartaruga verde (Chelonia mydas) – a mais comum; Tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata); Tartaruga marinha (Lepidochelys olivacea) e a Tartaruga-de-couro (Dermochelys coríacea) – a maior de todas; um peixe cuja única ocorrência registrada é de Alcatrazes, Enguia-de-jardim (Heteroconger longissimus); outras 150 espécies recifais já estudadas; 04 espécies de baleias já foram avistadas, sendo a Baleia de bryde (Balaenoptera edeni) a mais freqüente e o Golfinho pintado do atlântico (Stenella frontalis) espécie também e de freqüente ocorrência na área.

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Amigos do Mar
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Praticagem contribui para minimizar prejuízos ao Porto de Santos

14:26

Praticagem participou das simulações que definiram os parâmetros para a homologação da nova profundidade do canal do porto. Novas simulações serão realizadas para definir os limites para a mão dupla

Para permitir a homologação de maior profundidade (14,9 metros), o canal de acesso ao Porto de Santos sofreu um estreitamento de 280 metros para 220 metros no trecho em curva entre as boias nº 2 e nº 4. Em consequência disso, o projeto de balizamento aprovado para as novas condições definiu que o comprimento máximo dos navios que passariam a trafegar pelo novo canal seria limitado a 266 metros e que todo o tráfego passaria a ser efetuado em mão única.Antevendo os possíveis prejuízos, já que mais de 25% dos navios que frequentam o Porto de Santos tinham comprimento superior ao limite que fora estabelecido e que o tráfego se processava em mão dupla para as embarcações com até 230 metros de comprimento, a Praticagem de Santos propôs às Autoridades Marítima e Portuária a realização de manobras em simulador para verificar, a despeito dos limites estabelecidos com base nas normas técnicas, quais seriam os limites possíveis de alcançar, com segurança, utilizando-se de toda a perícia e ‘expertise’ dos práticos. Isto permitiria minimizar o prejuízo à dinâmica do tráfego no porto.Com base nos resultados das simulações realizadas nos dias 27, 28 e 29/05, a Portaria nº 38/2013, da Capitania dos Portos, definiu o navio-tipo autorizado a realizar manobras em condições seguras de visibilidade sem quaisquer restrições: 306 metros de comprimento máximo e largura máxima de 46 metros. Antes do estreitamento do canal, eram realizadas manobras sem restrição de embarcações com comprimento de 306 metros (navios MALLECO, MEHUIN, MAULLIN, MAIPO e MATAQUITO) e 48,2 metros de largura (navios MSC AGADIR, MSC ALBANY e MSC ANCHORAGE). Com restrições, eram movimentados navios com até 334 metros de comprimento e 43 metros de largura (navios ALIANCA ITAPOÁ – ex COSCO VIETNAN e ALIANCA CHARRUA).
Ficou estabelecido, também, que os navios entre 306 e 335 metros de comprimento somente poderão manobrar em condições especiais que serão coordenadas pelas Autoridades Marítima e Portuária e pela Praticagem. 
Para evitar a manutenção de todo o tráfego em mão única, conforme previsto no projeto de balizamento aprovado, a portaria, acatando a sugestão da Praticagem, prevê a possibilidade de tráfego em mão dupla para os navios com até 190 metros de comprimento, largura de 33 metros e calado de 11 metros. Essa situação irá perdurar até que a Companhia das Docas do Estado de São Paulo (Codesp) promova novas simulações de manobras.
“Não há dúvida de que a proatividade da Praticagem e a sua disposição em contribuir para a busca de soluções ajudou a evitar que hoje, à luz do que está previsto nas normas técnicas pertinentes, um em cada quatro navios que frequentam o Porto de Santos não mais pudesse trafegar pelo canal de acesso” – ressalta o presidente da Praticagem de Santos, Paulo Sérgio Barbosa, que acompanhou de perto as simulações realizadas na semana passada por práticos e representantes das Autoridades Marítima e Portuária.

O calado operacional passou a ser de 13,2 metros, podendo ser elevado a 14,2 metros nas janelas de maré, isto é, quando a altura da maré estiver igual ou superior a um metro. A homologação da nova profundidade do canal do porto poderá representar uma vitória para o Porto de Santos, na medida em que os berços de atracação estejam estruturados em termos de profundidades compatíveis com esta nova realidade.