Paraná: prático evita encalhe com navio de quase 300 metros
10:41
Responsável por conduzir os navios na entrada e saída dos portos, a praticagem
evitou um encalhe com um grande contêinero na manhã da última quinta-feira
(11/2). Foi durante a saída do navio Conti Paris do Porto de Paranaguá (PR). A
embarcação, com 299,98 metros de comprimento e 40,3 metros de boca (largura),
estava com 11,6 metros de calado e apresentou falha de máquinas, obrigando o
prático Cirio a executar uma manobra de emergência. Após a desatracação, o
problema ocorreu na passagem entre as boias 19 e 20, quando o navio ainda estava
a três milhas náuticas (quase cinco quilômetros) da primeira área possível para
o fundeio de emergência. Imediatamente, o prático informou o centro de operações
da praticagem e pediu que as âncoras ficassem prontas para largar caso a
situação fugisse de controle. Além disso, solicitou o auxílio de rebocadores.
Durante 25 minutos, ele teve que navegar sem propulsão, evitando o encalhe fora
do canal de navegação, onde as águas eram mais rasas. Para isso, controlou o
rumo do navio com o restante da velocidade residual que diminuía rapidamente
devido à corrente. Outro desafio foi uma chuva de verão se aproximou, reduzindo
a visibilidade e trazendo rajadas de vento. O navio conseguiu navegar duas
milhas até parar. Quando os rebocadores chegaram para o apoio, o prático
conduziu a embarcação por mais uma milha até o ponto de fundeio. Navios
encalhados ficam sujeitos a grandes esforços de torção e ruptura, correndo risco
de entortarem e até se partirem, derramando óleo na água. O prático é o
profissional que embarca no navio para conduzi-lo em segurança na entrada e
saída dos portos. São águas mais restritas ao tráfego, onde o comandante não tem
treinamento para navegar e não está familiarizado com condições locais como
ventos, correntes e marés. Este trabalho evita acidentes que podem causar
mortes, poluição em mares e rios, danos ao patrimônio público e privado e até
interromper o funcionamento de um porto com graves prejuízos para a economia. O
Brasil tem 633 práticos atuando em 21 zonas de praticagem.
Fonte: CONAPRA
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